Vaticano: D. António Barroso, bispo do Porto, mais perto da beatificação

Missionário viveu entre finais do século XIX e início do século XX

Cidade do Vaticano, 17 jun 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco aprovou hoje a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” de D. António José de Sousa Barroso (1854-1918), missionário e bispo do Porto de 1899 a 1918.

O documento foi publicado na sequência de uma audiência entre o Papa Francisco e o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, esta sexta-feira.

Esta é uma fase central do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade.

António José de Sousa Barroso nasceu em Barcelos a 5 de novembro de 1854 e faleceu a 31 de agosto de 1918; formou-se no Colégio das Missões Ultramarinas de Cernache do Bonjardim, de 1873 a 1879.

Ordenado sacerdote missionário em 20 de setembro de 1879 , foi missionário no Congo, Angola, de 1880 a 1891; foi bispo missionário em Moçambique, de 1891 a 1897, e em Meliapor, na Índia, de 1897 a 1899, antes de assumir a Diocese do Porto.

O prelado destacou-se como missionário, ficando célebre pela forma como lutou contra a perseguição feita à Igreja Católica por Afonso Costa, na sequência da implantação da República Portuguesa.

Em março de 2015, D. António Francisco dos Santos encerrou os processos canónicos de inquérito a duas curas miraculosas atribuídas à intercessão de Sílvia Cardoso e D. António Barroso, cujas conclusões seguiram para Roma.

A aprovação de um milagre é agora o passo necessário para a proclamação destas figuras da Igreja Católica como beatos.

Já em janeiro deste ano, o bispo do Porto anunciou, em nota pastoral, um reforço do empenho da diocese nos processos de canonização dos fiéis deste território, que decorrem em Roma.

OC

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Agência ECCLESIA

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