Cinema: «Francisco. O Papa do povo» estreia em Portugal

Filme dirigido pelo italiano Daniele Luchetti, um não-católico que partiu à descoberta da vida de Jorge Mario Bergoglio

Lisboa, 04 mai 2017 (Ecclesia) – O filme ‘Francisco. O Papa do povo’, dirigido pelo italiano Daniele Luchetti, que descreve a vida de Jorge Mario Bergoglio desde a juventude ao dia da sua eleição pontifícia, estreia hoje nas salas de cinema em Portugal.

O filme conta a história do filho de imigrantes italianos na Argentina desde a vocação  religioso, surgida durante os anos  da ditadura militar, passando pelo trabalho pastoral nas periferias de Buenos Aires, até se tornar Papa.

Daniele Luchetti disse à Agência ECCLESIA que no início do projeto não sabia "nada" sobre a vida do Papa na Argentina, o que o levou ao país sul-americano para ouvir testemunhos e construir uma "narração" que lhe pareceu coerente e realista, a respeito dos vários eventos relatados.

O realizador disse que as palavras do Papa o tocaram com "muita força", tendo por isso aceitado o desafio de ouvir "muitíssimas pessoas" que conheciam Jorge Mario Bergoglio e o seu percurso de "amadurecimento", resultando num filme de investigação que procura falar a todos os públicos.

Luchetti ouviu também críticos do atual Papa, "antes, durante e depois" da realização do filme, mas decidiu incluir aquilo que acreditava "ser verdadeiro", credível, após ouvir as partes envolvidas nos vários episódios.

Produzido pela TaoDue e distribuído pela Medusa, a película evoca também o dia 13 de março de 2013, em que o então cardeal de Buenos Aires foi eleito como sucessor de Bento XVI e assumiu o nome de Francisco.

O filme foi rodado na Argentina, Alemanha e Itália ao longo de 15 semanas; o ator argentino Rodrigo De la Serna e o chileno Sergio Hernandez de Glória dão vida à personagem do atual Papa.

A obra é baseada no best-seller ‘Francisco, o Papa do Povo’, de Evangelina Himitian, jornalista de Buenos Aires.

‘Francisco, Papa do povo’ recorda o período da ditadura militar que governou a Argentina de 1976 a 1983, num processo de raptos e mortes de dezenas de pessoas, que ficou conhecido como ‘o drama dos desaparecidos’.

O filme retrata o papel do atual Papa durante a ditadura na Argentina, ao salvar muitos perseguidos pelos militares, durante os chamados ‘anos de chumbo'.

OC

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Agência ECCLESIA

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