Setúbal: Tríduo Pascal começa em festa com os três bispos

D. José Ornelas enalteceu contributo dos seus antecessores que ajudaram a «formar» a diocese sadina

Setúbal, 13 abr 2017 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal deu hoje início às celebrações do Tríduo Pascal numa Missa Crismal presidida por D. José Ornelas e concelebrada pelos dois bispos eméritos da região sadina, D. Gilberto dos Reis e D. Manuel Martins.

Na sua homilia, D. José Ornelas agradeceu a graça de poder contar com a presença e o apoio dos seus dois antecessores, “dois irmãos bispos” que se assumiram como “pais na ordem da fé” na ainda jovem Diocese de Setúbal e que ao longo dos anos têm sido testemunhas de uma “nobre tradição de escuta e resposta ao chamamento de Deus”.

“De serviço, de sensibilidade aos mais pobres, de zelo apostólico, de esforço e dom de si, que marcaram a nossa Igreja”, enalteceu o prelado, que aproveitou este dia para realçar o contributo dado por D. Gilberto dos Reis e D. Manuel Martins.

“Hoje, do seio deste presbitério e deste povo que ajudastes a formar, quero dizer-vos: Bem hajam! Que Deus seja sempre a vossa alegria e a vossa recompensa!”, referiu.

D. José Ornelas transportou ainda o exemplo dos dois bispos eméritos para a mensagem que quis deixar aos membros do clero presentes na Sé de Setúbal, neste dia em que todos os sacerdotes puderam também renovar os votos do seu ministério.

“O bispo e os presbíteros têm um papel fundamental na unidade e coesão da família de Deus, em cada Igreja local e universal”, lembrou o prelado.

O bispo de Setúbal salientou ainda que “um dos maiores pecados” que os sacerdotres podem cometer “é o de se isolarem, como se fossem donos daquilo que Deus lhes confiou, ou o de dividir a família de Deus, dividindo-se entre si”.

“Não se trata simplesmente de um acordo de cavalheiros sobre a forma de administrar e orientar as paróquias ou a diocese. Trata-se de manter viva e unida a Igreja, de dar testemunho da unidade que o Espírito cria naqueles que se deixam mover por ele, de manter a comunhão dos irmãos e irmãs, filhos/as do mesmo Pai do céu”, completou D. José Ornelas.

Aquele responsável católico retomou também a palavra “pais”, que utilizou no início para se referir aos seus antecessores, para deixar um desafio a todos os elementos do clero.

“Sem sermos pais, seremos paternalmente providentes para repartir o pão do alimento pelos que têm fome, da cultura, do carinho, da esperança, da Palavra de vida, por aqueles que necessitam”, concluiu.

A diocese sadina foi criada há 41 anos, através da bula (documento oficial) «Studentes Nos», por Paulo VI, e o seu primeiro bispo foi D. Manuel Martins, que desempenhou estas funções entre 1975 e 1998.

Entre 1998 e 2015, os destinos da Igreja Católica no território foram assumidos por D. Gilberto Reis, que quando completou 75 anos de idade apresentou ao Papa, segundo o Direito Canónico, a renúncia ao serviço episcopal, que passou desde há dois anos a ser exercida por D. José Ornelas.

Com uma população católica distribuída por 55 comunidades paroquiais, a Diocese de Setúbal tem aproximadamente uma superfície de 1500 Km2 e uma população de 717 mil habitantes, abrangendo 9 concelhos – Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal – e ainda três parcelas territoriais que integram a paróquia da Comporta (freguesia da Comporta, uma parcela da freguesia de Santa Maria do Castelo, ambas pertencentes ao Concelho de Alcácer do Sal; e Tróia, pertencente à freguesia de Carvalhal, Concelho de Grândola).

JCP

 

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Agência ECCLESIA

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