Semana Santa: Bispo de Coimbra desafia sacerdotes a uma «criatividade contínua»

«Precisamos de voltar a acreditar no Espírito que renova todas as coisas», realça D. Virgílio Antunes

Coimbra, 13 abr 2017 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra incentivou hoje os sacerdotes da diocese a fazerem desta Semana Santa da Páscoa uma oportunidade para reavivar dinamismos e buscar a “criatividade contínua” no serviço às comunidades.

O Tríduo Pascal, que teve início esta Quinta-feira Santa, culminará na celebração da Ressurreição de Cristo, que mostra “a força renovadora de Deus que faz novas todas as coisas”, lembrou D. Virgílio Antunes, na Missa Crismal.

“O que Deus nos pede é a disponibilidade para nos deixarmos renovar interiormente, para acolhermos a criatividade contínua proveniente do dom do Espírito: criatividade no coração, nos dinamismos pastorais, na comunhão da vida comunitária, nos modelos de evangelização, na adequação do ministério ao tempo em que vivemos”, salientou.

O prelado desafiou ao mesmo tempo o clero a retirarem deste tempo forte de oração e de conversão forças para enfrentarem os desafios que hoje se apresentam à Igreja Católica, desde a perda de identificação com os valores cristãos à desagregação de ideais humanos e sociais, passando pelo atendimento às pessoas e famílias que estão em situação económica mais difícil.

“No meio das dificuldades que assaltam a Igreja e os seus ministros, frequentemente atingidos pela fadiga espiritual e pastoral, precisamos de voltar a acreditar no Espírito que renova todas as coisas, que pode dar novo alento a todos os que estão cansados, confiança e esperança aos que se vêm a braços com a tentação do desânimo proveniente dos muitos insucessos”, apontou.

Lembrando que “a obra” que os sacerdotes têm em mãos “é obra de Deus”, D. Virgílio Antunes concluiu a sua homilia convidando todos a viverem com seriedade as celebrações pascais e a sua vida cristã.

“O modo como celebramos os sacramentos, o tempo que damos à oração pessoal, o retiro anual ou as recoleções periódicas, o silêncio e a meditação, a programação da vida motivada pelos valores do Reino, são meios que a Igreja nos oferece e sem os quais podemos cair no ativismo exterior apesar de paralizados ou vazios por dentro”, alertou.

JCP

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