Dia Mundial da Paz: Bispo das Forças Armadas e Segurança elogia «sã utopia» da não-violência

D. Manuel Linda fala em discurso «programático» do Papa Francisco

Lisboa, 30 dez 2016 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e Segurança afirma que a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz 2017 tem “algo de refundador e até de programático” no cinquentenário da efeméride.

“O Papa propõe a sã utopia evangélica da não-violência ativa, como a única atitude capaz de fazer o corte com um passado que a não conseguiu edificar à escala global”, escreve D. Manuel Linda.

Num artigo de opinião publicado no Semanário ECCLESIA, o prelado refere que só uma “nova arma” em “tudo diferente das usadas” pode assegurar a paz e é a “não-violência”, contra um mundo de violência extrema e de nova “corrida aos armamentos”, especialmente, “aos nucleares, de que o Daesh e a Coreia do Norte constituem expressões terríveis”.

‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’, é o tema da mensagem do Papa Francisco para o 50.° Dia Mundial da Paz, que a Igreja Católica assinala a 1 de janeiro de 2017.

O bispo das Forças Armadas e Segurança afirma que as “terríveis” grandes guerras do século XX ensinaram que, para a salvaguarda da paz, “é perigosamente mortífero inverter” a ordem dos fatores e colocar, “logo ao início, meios que, quando muito, só podem aparecer ao fim”, como “os exércitos”.

Numa linha ascendente, o prelado destaca que a defesa da paz se faz por diversos fatores: “Educação e cultura; desenvolvimento integral; capacidade de resposta às expectativas dos jovens; rearmamento moral da sociedade; diálogo”.

Segundo D. Manuel Linda, é necessária uma ONU credível e operante, “o que nem sempre tem acontecido”.

“O Papa pretende a reorientação das mentes e apela a que se privilegie o coração humano”, acrescenta.

O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978), que para D. Manuel Linda deu expressão a “uma das melhores intuições” do Concílio Vaticano II.

“Ao longo destes 49 anos, os pontífices chamaram a atenção para a fragilidade da paz e para as condições da sua salvaguarda”, sintetiza o bispo das Forças Armadas e Segurança, no Semanário ECCLESIA.

A mensagem do Papa para esta celebração anual é enviada aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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