Guilherme d´Oliveira Martins realça que a decisão do eleitorado norte-americano deve ser respeitada
Lisboa, 09 nov 2016 (Ecclesia) – Guilherme d´Oliveira Martins disse à Agência ECCLESIA que acredita que “muitas afirmações” feitas por Donald Trump durante o “calor da campanha eleitoral” vão ser “corrigidas pelo bom senso”.
O administrador da Fundação Calouste Gulbenkian referiu, à margem da sessão pública de apresentação do congresso internacional «Um construtor da modernidade: Lutero – Teses – 500 anos», esta quarta-feira, em Lisboa, sobre a vitória de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos da América que a história “faz-se com os acontecimentos concretos” e as pessoas “têm de lidar com aquilo que acontece”.
O eleitorado norte-americano escolheu e “essa decisão não pode deixar de ser respeitada”, realçou Guilherme d´Oliveira Martins.
Após a vitória do candidato do Partido Republicano dos EUA, o presidente do Centro Nacional de Cultura salientou que “é indispensável” perceber que “uma coisa é o calor da campanha eleitoral e outra coisa é a realidade”.
“Não gostaria de fazer outro juízo de valor que não seja respeitar, claramente, uma decisão e lidar com ela numa perspetiva de respeito mútuo e entendimento”, frisou Guilherme d´Oliveira Martins.
Para o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, o “populismo e a demagogia são negativos”, todavia prefere centrar-se na ideia das “lições positivas”.
No caso europeu, Guilherme d´Oliveira Martins disse que a Europa, que se confronta também com problema, “tem que agir de modo a que não acorde tarde demais”.
“Agir é colocar em comum aquilo que são valores, interesses comuns e defendê-los”, mas preservando também “as diferenças”, apontou.
LFS