Responsáveis católicos procuram respostas para crise humana
Lisboa, 04 set 2015 (Ecclesia) – Os responsáveis do Santuário de Fátima e da Diocese do Algarve uniram-se às instituições que manifestaram disponibilidade para acolher refugiados, perante a crise que trouxe milhares de pessoas até à Europa.
O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, afirmou hoje que “a dramática crise de refugiados a que a Europa deve dar resposta” não pode deixar os católicos “indiferentes” e exige “respostas concretas”.
“O Santuário disponibilizará uma casa para acolhimento estável de refugiados”, precisou, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
O reitor anunciou que, além desta iniciativa, o Santuário vai disponibilizar ainda um edifício habitualmente é usado para albergar peregrinos “para acolher de forma transitória aqueles refugiados que aguardam alojamento definitivo”.
O anúncio acontece um dia depois de o bispo de Leiria-Fátima, ter adiantado que iria verificar quais os recursos que a diocese pode disponibilizar para participar nesta ação de ajuda humanitária.
D. António Marto dirigiu hoje uma carta a todos os párocos e responsáveis de misericórdias, IPSS e congregações religiosas sobre o “drama dos refugiados que chegam à Europa para fugirem da guerra e da miséria” e o “apelo do Santo Padre à solidariedade de todos”.
O bispo considera que "ninguém pode permanecer indiferente” e que se exige "uma resposta imediata”, pedindo a todas as instituições diocesanas que forneçam informações sobre as “possibilidades (espaços logísticos, famílias abertas a acolher alguém, outros recursos) que cada uma possa ter para o acolhimento de refugiados”.
Também hoje, o bispo do Algarve pediu aos responsáveis pelos organismos da Pastoral Social da diocese que encontrem “caminhos de resposta” para o “acolhimento e apoio aos refugiados”.
Numa mensagem divulgada pela edição online do jornal ‘Folha do Domingo’, D. Manuel Quintas destaca a necessidade de se procurarem soluções para um “problema que a todos sensibiliza”.
O prelado lembra ao clero que a resposta da Igreja algarvia não poderá ser dada isoladamente por cada paróquia ou IPSS da diocese, mas “sempre conjugada com outras instituições”.
A Pastoral Social da diocese algarvia é composta pelo Departamento Diocesano da Pastoral Social, pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Sociocaritativa, pela Cáritas Diocesana do Algarve, pelo Secretariado Diocesano da Mobilidade Humana e pelo Setor Diocesano das Migrações e Comunidades Étnicas.
OC