Trabalho: Liga Operária Católica promove encontro nacional em Coimbra

Equipa nacional lamenta falta de «condições dignas» e descrédito do sistema democrático

Coimbra, 05 jul 2015 (Ecclesia) – A LOC/MTC – Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos – promove hoje em Coimbra um encontro nacional que pretende encerrar um ano de reflexão sobre o tema 'Sociedade Justa e Sustentável'.

A iniciativa vai ter como orador o professor universitário João Carlos Matos Paiva, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

A equipa nacional da LOC/MTCalertou para o empobrecimento de quem trabalha, a que se somam as dificuldades do desemprego e da precariedade em Portugal.

“Os trabalhadores, com algumas exceções, estão cada vez mais pobres e sem condições de vida digna, sujeitos a grande pressão nos seus locais de trabalho pelas condições que lhe são impostas”, assinala uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

“A par do desemprego e da precariedade há também sinais contraditórios de competitividade entre os trabalhadores, de duplo emprego e de economia paralela com tudo o que isso implica de menos empregos e fuga aos impostos”, refere a LOC/MTC.

Segundo os responsáveis da organização católica, tem crescido um sentimento de “insegurança” quanto ao posto de trabalho, alertando para as consequências da falta de um “trabalho digno”.

“Aumentam as doenças do foro psiquiátrico provocadas pela insegurança permanente, pelos medos acumulados, pela incapacidade de cumprir compromissos assumidos, pelo sentimento de inutilidade”, assinala a nota da equipa nacional.

A LOC/MTC deixa críticas a “uma sociedade que produz pobres e depois tenta dar-lhes alguma assistência”, lamentando o “sentimento popular de descrédito na ação política, nos partidos e, pior ainda, no sistema democrático”.

Neste sentido, a realização de um encontro nacional visa “estimular” o compromisso “na dinamização das organizações da sociedade e na democratização das instituições públicas”.

“Está na hora de mudar e colocar em primeiro lugar as pessoas, o direito e as necessidades dos mais desfavorecidos, numa sociedade justa e sustentável, como nos tem desafiado o Papa Francisco”, sustentam os responsáveis do movimento cristão.

OC

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Agência ECCLESIA

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