Vaticano: Papa desafia Igreja a maior presença nos aeroportos

Francisco recordou problemas dos passageiros sem documentos

Cidade do Vaticano, 12 jun 2015 (Ecclesia) – O Papa desafiou hoje a Igreja Católica a uma maior presença nos aeroportos, “cidade nas cidades”, nos quais os capelães são chamados a levar “conforto e encorajamento”.

“Encorajo-vos a agir a fim de que nestes particulares lugares de fronteira que são os aeroportos haja espaço para encontrar e praticar amor e diálogo, que alimentam a fraternidade entre as pessoas”, disse, ao receber em audiência nos participantes no seminário internacional promovido pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

Perante capelães que servem em aeroportos de 23 países, reunidos em Roma até sábado, Francisco recordou as particularidades desta missão, na qual se encontram desde turistas, crianças e idosos até migrantes e refugiados sem documentação.

“É preocupante o número de passageiros sem documentos – muitas vezes refugiados e requerentes de asilo -, que são detidos nos locais aeroportuários por períodos breves ou longos, por vezes sem adequada assistência humana e espiritual”, advertiu.

Anunciar o Evangelho, referiu o Papa, implica “aliviar os fardos que pesam sobre o coração e sobre a vida das pessoas” e propor as palavras de Jesus como “alternativa às promessas do mundo que não trazem a verdadeira felicidade”.

“Hoje tornou-se mais urgente redescobrir o rosto compassivo de Deus e por isso será precioso o tempo de graça que o Ano Santo da Misericórdia nos vai oferecer”, acrescentou.

O Papa sustentou que os capelães devem estar preparados para imprevistos que, no caso da aviação civil, podem chegar a situações dramáticas como, por exemplo, acidentes aéreos e desvios de rotas.

“Também nestas circunstâncias o capelão é chamado e procurado por quantos precisam de conforto e encorajamento”, reiterou.

RV/OC

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