Paquistão: Presidente da Conferência Episcopal vem a Portugal rezar pelos cristãos perseguidos

D. Joseph Coutts vai participar em junho na Ronda da Lapinha, em Guimarães

Lisboa, 27 mai 2015 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, D. Joseph Coutts, vem a Portugal em junho para participar numa iniciativa de oração da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, pelos cristãos perseguidos do mundo.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a AIS explica que o arcebispo de Karachi “vai estar presente na Ronda da Lapinha”, dia 21 do próximo mês, naquela que é “uma das mais significativas e antigas manifestações de fé popular no norte do país”.

A organização católica ligada à Santa Sé está este ano “diretamente” envolvida no evento, com o “propósito principal” de pedir “a intercessão de Nossa Senhora” para as comunidades cristãs atualmente vítimas de perseguição e violência em países como o Iraque, o Irão, a Nigéria e o próprio Paquistão.

D. Joseph Coutts vem a Portugal “num momento particularmente delicado para com os cristãos paquistaneses”, realça a Fundação.

Ainda no último domingo, “um homem com alegados problemas psíquicos foi acusado de destruir um jornal que trazia citações do Corão, num bairro cristão em Lahore”.

Sobre mais este episódio, que envolve a chamada “lei da blasfémia”, o presidente do episcopado paquistanês lamenta que “uma vez mais, estas acusações – normalmente infundadas – acabem por ser um rastilho de violência sobre todos os cristãos”.

“Quando um muçulmano é acusado de blasfémia, só ele tem de pagar as consequências dos seus atos, enquanto se o acusado for cristão, toda a comunidade é responsabilizada”, aponta D. Joseph Coutts.

Na sequência da alegada destruição das citações do Corão, “uma multidão enfurecida dirigiu-se no domingo para o bairro cristão, bloqueando estradas, saqueando e destruindo igrejas e casas particulares”, conta a AIS, sublinhando haver “relatos que dão conta de várias agressões e ameaças de morte”.

Para contrariar esta situação, o arcebispo de Karachi tem procurado “reforçar as relações com políticos e representantes da comunidade muçulmana local”.

“O apoio deles permitiu-nos agora evitar o pior”, reconhece o prelado paquistanês.

JCP

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