Solidariedade: Cáritas une-se a instituições e personalidades portuguesas para pedir novas estratégias sociais

Mensagem lamenta falta de «vontade política» para erradicar pobreza

Lisboa, 17 out 2014 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa uniu-se a várias instituições e personalidades do país para assinalar hoje o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza com a divulgação de uma mensagem que defende a criação de uma “estratégia nacional de luta contra a Pobreza e Exclusão Social”.

O texto sublinha a necessidade “evidente e urgente” de uma estratégia portuguesa num momento em que a percentagem de 20% do Fundo Social Europeu, entre 2014 e 2020, vai ser dedicada especificamente ao combate à pobreza.

“Falta a vontade, particularmente a vontade política, de concretizar este desígnio que tem de ser nacional e capaz de permitir a participação abrangente e corresponsável de todos os cidadãos, particularmente daqueles que enfrentam estes problemas na primeira pessoa”, acusa a mensagem.

Desde outubro de 2013, um grupo de organizações não-governamentais e personalidades a título individual que desenvolvem a sua atuação no domínio da luta contra a pobreza e exclusão social, vem refletindo conjuntamente sobre a necessidade de desenhar uma estratégia nacional de erradicação da Pobreza.

A Cáritas, que integra este grupo, reitera que esta estratégia é fundamental porque “a pobreza mata”.

Nesse sentido, sublinha, é incontornável a exigência “aos governantes e sociedade em geral para uma reflexão, procurando ir o mais longe possível na construção dos necessários consensos em torno de uma estratégia que deverá ser capaz de modelar um programa de Governo para o médio e longo prazos.”

“É este o desafio que, num dia emblemático, lançamos a todos os portugueses e portuguesas. Mobilizemo-nos para fazer da erradicação da Pobreza a primeira e mais urgente causa nacional”, assinala a mensagem.

Também, durante toda esta semana, a rede internacional Cáritas participa numa Ação Conjunta, integrada na campanha ‘uma só família humana, alimento para todos’.

A iniciativa, que conta com o apoio do Papa Francisco e da Conferência Episcopal Portuguesa, recorda que “o mundo tem os recursos suficientes para acabar com a fome no mundo, até 2025”.

A Cáritas “procura desenvolver atividades de proximidade junto dos mais vulneráveis, com a colaboração de profissionais e voluntários, que trabalham em projetos de promoção do direito à alimentação, à empregabilidade e à justiça social, cujo fim último é a dignidade humana”, refere a organização, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

OC

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