Cerimónia levou centenas de milhares de pessoas às ruas de Seul
Seul, 16 ago 2014 (Ecclesia) – O Papa beatificou hoje em Seul os mártires Paulo Yun Ji-chung e 123 companheiros, mortos durante a perseguição contra os cristãos entre 1791 e 1888, perante centenas de milhares de pessoas.
O terceiro dia da viagem pontifícia à Coreia do Sul, que se conclui na segunda-feira, começou com uma visita ao Santuário dos Mártires de Seosomun, que surge no local onde foram mortos os 103 católicos canonizados por São João Paulo II em 1984.
Francisco depositou uma coroa de flores e rezou em silêncio, antes de seguir em carro aberto para a praça de Gwanghwamun, ligada ao julgamento e execução de milhares de católicos que recusaram o confucionismo.
Milhares de pessoas chegaram ao local desde a noite anterior e acompanham a celebração, no centro de Seul, através de dezenas de ecrãs gigantes espalhados pela capital sul-coreana.
As cerimónias de beatificação são habitualmente celebradas por um legado pontifício, desde o pontificado de Bento XVI e Francisco decidiu homenagear assim a primeira geração de católicos coreanos.
A lista de 124 mártires é encabeçada por Paul Yun Ji-chung, decapitado em 1791, ano em que começaram as perseguições.
Os novos beatos são 123 leigos e um padre, o sacerdote chinês James Zhou Wen-mo, enviado pelo bispo de Pequim, o português D. Alexandre de Gouveia (1731-1808), e martirizado em maio de 1801.
A agenda do Papa neste sábado inclui uma visita ao Centro de Recuperação de Deficientes, na 'House of Hope' (Casa da Esperança) em Kkottongnae, 130 quilómetros a sul de Seul, onde deve chegar pelas 16h30 locais.
45 minutos depois, Francisco participará num encontro com cerca de 4 mil religiosos e religiosas da Coreia no Centro de Formação 'School of Love', onde fará outro discurso.
Ainda na cidade de Kkottongnae, às 18h30, o Papa vai estar com “líderes do apostolado laical”, no Centro de Espiritualidade, antes de regressar a Seul, refere o programa divulgado pelo Vaticano.
OC
