Temática esteve em reflexão num encontro com responsáveis pela pastoral nas escolas, em Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina
Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, 19 mai 2014 (Ecclesia) – Os bispos católicos criticaram hoje “uma cultura dominante que tende a apresentar o professor incolor, insípido e inodoro como um modelo a seguir”.
Segundo os membros da Comissão das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), reunidos nos últimos dias em Sarajevo, esta mentalidade está a dar “origem a situações de marginalização e solidão, e por vezes conduz a uma indiferença efetiva para com as atividades educativas, que são reduzidas a uma mera transmissão de conhecimentos”.
No caso dos professores católicos – refere o comunicado final do encontro, enviado à Agência ECCLESIA – embora estes agentes encarem com “paixão” a sua missão de “educadores”, registam-se “frequentemente” situações em que há “medo de revelar preferências religiosas e valores de referência”.
A iniciativa na capital bósnia, promovida pela CCEE em parceria com o Comité Europeu para o Ensino Católico, teve lugar entre a última quinta-feira e este domingo.
Em cima da mesa esteve a temática da “formação cristã e o acompanhamento espiritual dos professores católicos na escola”.
Cerca de 70 pessoas, entre bispos das diversas conferências episcopais do Velho Continente e responsáveis pelo serviço pastoral nas escolas, relevaram o papel fundamental dos professores católicos “numa Europa em rápida mudança”.
Os participantes consideraram os docentes “essenciais a toda a ação educativa e missionária da Igreja” e apontaram para a necessidade de dar especial atenção ao “recrutamento, formação e acompanhamento espiritual” destas pessoas.
Destaque também, na reunião, para uma abordagem à situação e ao papel das escolas católicas para o futuro da Bósnia -Herzegovina, país que ainda carrega as feridas da guerra.
JCP