Media: Comunicação da Igreja tem de impedir a criação de «tabus»

Uma homilia deve ser «breve, clara e precisa» disse cónego António Rego no Conselho Presbiteral dos Açores

Angra do Heroísmo, Açores, 09 mai 2014 (Ecclesia) – O cónego António Rego afirmou no Conselho Presbiteral da Diocese de Angra, que hoje terminou, que a comunicação na Igreja Católica vive um “momento da verdade”, não pode ignorar assuntos e tem de impedir a criação de “tabus”.

“Nós vivemos um momento da verdade e temos de assumir que há muitas coisas a acontecer das quais não podemos fugir, ignorando assuntos ou criando tabus e isso tem de transparecer na nossa comunicação”, frisa o cónego Rego citado pela página da internet da Diocese de Angra.

O sacerdote açoriano, responsável pela programação religiosa da TVI, foi convidado a participar no Conselho Presbiteral de Angra, que decorreu na Ilha Terceira entre os dias 5 e 9 de maio, para analisar “aspetos formais e técnicos” da comunicação dos sacerdotes, nomeadamente durante as homilias, refere o comunicado final do encontro.

“A nossa preocupação primordial, para além da fidelidade à palavra de Deus, é tornar os nossos interlocutores curiosos de Deus, o que exige estudo, preparação e bom senso e sobretudo nunca faltar à verdade nem fugir dela”, afirmou sacerdote, jornalista na TVI.

Para o cónego António Rego, o sacerdote “não é dono das palavras” e, tão importante como falar, é necessário “saber escutar”.

O sacerdote açoriano lembrou no Conselho Presbiteral de Angra, convocado para debater os temas propostos pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”,  que a homilia não é uma catequese mas uma parte “fundamental” da eucaristia.

“Temos de a aproveitar assumindo que a homilia é sempre o resultado das nossas próprias circunstâncias pessoais, espirituais, sociais ou outras”, afirmou.

Para o cónego António Rego, a homilia “deve ser breve, clara e precisa, sem tabus nem moralismos”, deve motivar os sacerdotes à “lucidez” e não à “vaidade”, sobretudo no momento atual em que os destinatários da mensagem “são mais heterógenos” e “mais atentos à realidade”.

PR

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Agência ECCLESIA

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