Saúde: Vaticano defende acesso universal a fármacos e cuidados médicos

Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde associa-se a jornada nacional de recolha de medicamentos

Cidade do Vaticano, 07 fev 2014 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde apelou a um esforço global para permitir o acesso universal a fármacos e cuidados médicos.

“Ainda hoje, em cerca de 90 países do mundo, a população recebe do sistema de saúde local menos da metade dos remédios básicos necessários”, alerta D. Zygmunt Zimowski, numa mensagem para o dia da recolha de medicamentos que se vai realizar este sábado, na Itália.

O arcebispo polaco associa-se à iniciativa que envolve 3400 farmácias do país com um texto intitulado ‘Trabalhar com espírito de justiça, misericórdia e solidariedade’.

“O acesso às terapias farmacológicas necessárias é um problema que incide gravemente nos países economicamente desfavorecidos e não só. A conjuntura económica que assola mesmo vários países considerados ricos teve um forte impacto nos sistemas de saúde nacionais e na possibilidade de acesso de pessoas e famílias a tratamentos indispensáveis”, frisa o responsável da Cúria Romana.

O prelado agradece a todos os farmacêuticos que “sabem unir as várias exigências das suas atividades ao compromisso caritativo ou solidário, no âmbito nacional e internacional”.

O presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes de Saúde recorda as palavras de João Paulo II proferidas à Federação Internacional de Farmacêuticos Católicos, em 1990: “A dignidade da profissão farmacêutica exige que seja sujeita à observância de um código moral rigoroso”.

Segundo D. Zygmunt Zimowski, o dia da recolha de medicamentos pode ser uma oportunidade para “refletir, trabalhar com espírito de justiça, misericórdia e solidariedade em favor de um acesso mais equitativo à assistência médica e aos medicamentos em todos os lugares e para todas as camadas da população, especialmente as mais vulneráveis: crianças e idosos, pobres e marginalizados”.

A mensagem cita ainda a encíclica ‘Caritas in Veritate’ de Bento XVI, para sublinhar que é “cada vez mais urgente que os países economicamente mais desenvolvidos façam o possível para destinar quotas maiores de seu Produto Interno Bruto para ajudar no desenvolvimento, respeitando os compromissos assumidos no âmbito de comunidade internacional”.

OC

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Agência ECCLESIA

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