Bispo e sacerdote católicos desaparecem na China

Um Bispo e um sacerdote da Igreja Católica “clandestina” na China encontram-se desaparecidos desde o passado dia 13 de Junho, segundo a agência de notícias católica da Ásia, a UcaNews. D. Julius Jia Zhiguo, da província de Hebei (nordeste da China) foi preso pelas autoridades locais, de acordo com as informações avançadas pela UcaNews, e levado à presença dos funcionários que se ocupam dos assuntos religiosos, após ter celebrado uma Eucaristia dominical na cidade de Jinzhou. O Bispo já tinha sido preso em Abril deste ano, situação que levou o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, a afirmar que “mais uma vez, um membro da hierarquia católica é privado da liberdade pessoal sem que se forneçam motivos jurídicos. Isto é inadmissível num Estado de direito que declara garantir ‘a liberdade religiosa’ e diz respeitar e preservar os direitos humanos”. O outro desaparecido é um frade trapista, Pe. Placid Pei Ronggui, também ele da diocese de Zhengding. As relações entre a China e o Vaticano foram cortadas em 1957, depois de o Papa Pio XII ter excomungado dois bispos nomeados pelo regime comunista. O Vaticano estabeleceu então relações com Taiwan. Os católicos chineses, cerca de 14 milhões distribuídos entre a Associação Católica Patriótica e a Igreja Católica “clandestina”, dividem-se entre a lealdade ao Papa João Paulo II e ao Partido Comunista Chinês. Embora o Partido Comunista (68 milhões de membros) se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais, entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina” conta mais de 8 milhões de fiéis, que são obrigados a celebrar missas em segredo, nas suas casas, sob o risco de serem presos.

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