D. Francis Chullikatt sensibilizou para o combate à má distribuição de alimentos
Lisboa, 31 out 2013 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé na ONU, D. Francis Chullikatt, afirmou na 68ª sessão da Assembleia Geral, esta terça-feira em Nova Iorque, que é necessário promover o combate à “fome no mundo, superando as exclusões sociais, promovendo justiça e respeito por todo ser humano”.
O representante do Vaticano explicou que “a fome, como todas as formas de pobreza, é causada pela exclusão social” e afirmou ainda que “os atuais níveis de produção são suficientes para que todos possam se alimentar, mas milhões de pessoas ainda padecem à fome”.
O arcebispo mostrou-se indignado e considerou o problema da fome “vergonhoso”, argumentando que “1,3 bilhão de tonelada de alimento é desperdiçado a cada ano” e recordou as palavras do Papa Francisco que afirmou: “Quando o alimento é desperdiçado, é roubado da mesa dos pobres”.
Insistindo nas palavras de Francisco, D. Chullikatt afirmou que resistir “às tentações do poder, da riqueza e do interesse pessoal para servir à família humana” significa “promover uma vida digna para todos e pensar nos que vivem à margem da sociedade e no bem-estar das gerações presentes e futuras”.
Na assembleia geral, o arcebispo recordou as situações em que o alimento se torna “uma arma para controlar ou subjugar os povos, ao invés de ser um instrumento para construir comunidades pacíficas e prósperas.”
O representante do Vaticano na ONU apontou perspetivas para uma distribuição correta dos alimentos, apelando ao princípio da subsidiariedade, que se traduz na possibilidade assegurar “o máximo da participação” em “atividades humanas de nível mais local e direto”, explicando que, neste aspeto, “as realidade maiores têm a responsabilidade de dar apoio às menores”.
Dom Chullikatt ressalvou ainda que mais importante que fornecer alimento diretamente às pessoas, é “ajudá-las a ser autossuficientes”
News.va/CP