Iraque: «Cristãos temem ser atacados», denuncia patriarca caldeu

D. Louis Sako deixa alertas em declarações à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre

Bagdade, 09 out 2013 (Ecclesia) – D. Louis Sako, patriarca da Igreja Caldeia, denunciou que a comunidade cristã no Iraque vive num clima de “tensão e insegurança” com medo de ser atacada e assinala que é necessária “ajuda urgente”.

“A situação deteriorou-se, há falta de segurança. Morrem pessoas em explosões, as casas são destruídas. Mesmo que este seja um conflito entre sunitas e xiitas, os cristãos temem ser atacados. Alguns deixaram o país, outros ficam e estão à espera”, explicou à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“Os Estados ocidentais não devem encorajar os cristãos a abandonar a região. Em vez disso, podem ajudar com projetos para que as pessoas fiquem, pelo menos nas aldeias”, desenvolve o patriarca.

D. Louis Sako continua a “batalha” dos seus antecessores em “evitar o êxodo maciço dos cristãos”.

A Igreja tem tentado ajudar as famílias com mais dificuldades e em Bagdade, a capital do Iraque, o seminário foi dividido em apartamentos para acolher “famílias carentes ou para jovens casais”, para que possam continuar no país.

O patriarca caldeu visitou recentemente 40 aldeia no norte do país e explica que “as pessoas contentam-se com pouco: medicamentos, creches, sementes, meios de transporte, postos de trabalho”, mas “precisam de ajuda, urgente”.

Este problema e insegurança não é exclusivo do Iraque mas de toda a região com na “Síria, no Líbano e na Jordânia”, onde existe “um sentimento de tensão e insegurança”.

“O fundamentalismo crescente é um desafio”, acrescentou D. Louis Sako.

O ex-arcebispo de Kirkuk, 266 quilómetros a norte da capital, revelou que visitou campos de refugiados na Turquia e no Líbano que não são alheios a este problema: “Os cristãos sentem insegurança e falta de perspetivas. Não sabem para onde ir”.

AIS/CB

Partilhar:
Scroll to Top
Agência ECCLESIA

GRÁTIS
BAIXAR