Igreja: Amigo de D. Óscar Romero recorda o seu pensamento

D. Gregório Rosa vai estar em Portugal para lembrar «grande figura da Igreja salvadorenha»

Lisboa, 20 mai 2013 (Ecclesia) – D. Gregório Rosa, amigo de Óscar Romero, vem a Portugal, a convite dos Missionários da Consolata, falar sobre pensamento e espiritualidade do arcebispo assassinado há 33 anos em El Salvador.

O bispo auxiliar de San Salvador vai estar em Lisboa, Porto, Braga e Fátima, de 19 a 26 deste mês, para apresentar uma “grande figura da Igreja salvadorenha”, numa série de conferências, e lançar o livro ‘A doce violência do amor’, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA pela organização da iniciativa.

Nas preleções, o prelado fará “ecoar de novo, a voz profética de Óscar Romero” onde o seu “testemunho apela a um cristianismo mais livre e mais envolvido na transformação da sociedade”.

Defensor dos pobres e oprimidos, dos camponeses e operários, o arcebispo Óscar Romero foi assassinado a 24 de março de 1980 por um comando de extrema-direita quando celebrava missa na capela de um hospital oncológico.

“33 anos após o seu assassinato, o Papa Francisco levanta o véu do esquecimento e volta-se a falar deste bispo que um dia afirmou: ‘Uma religião de missa dominical e de semanas injustas não agrada ao Deus da vida’”, sublinha a nota de imprensa.

As suas palavras revestem-se de “uma flagrante atualidade” e constituem “um estímulo para despertar as consciências e avivar a responsabilidade individual e coletiva na construção de um mundo diferente”, acrescenta o comunicado.

A causa de beatificação de Oscar Arnulfo Romero (1917-1980), cujos restos mortais jazem na Catedral da de El Salvador, iniciou a sua fase diocesana em 1994, que foi concluída em 1996. 

O processo foi então apresentado ao Vaticano, no mesmo ano, e em 1997 foi recebido por Roma o decreto por meio do qual a causa era oficialmente aceite como válida. 

Na sua primeira viagem à América Latina, r Bento XVI disse que o arcebispo Romero foi “certamente uma grandiosa testemunha da fé, um homem de grandes virtudes cristãs, que se comprometeu pela paz e contra a ditadura, e que foi assassinado durante a celebração da missa. Portanto, uma morte verdadeiramente ‘credível’, de testemunho da fé”. 

“Havia o problema que uma parte política queria tê-lo para si como bandeira, como figura emblemática, injustamente”, sublinhou o agora Papa emérito, durante o voo que o levou ao Brasil, em 2007.

Programa
Lisboa
20 de maio: Igreja da Portela, Olivais, 21h00
21 de maio: Colégio de São João de Brito, 21h00

Porto
22 de maio: Universidade Católica, 21h00

Braga
23 de maio: Auditório Vita, 21h00

Gondomar
24 de maio: Anfiteatro da Biblioteca Municipal, 21h00

Fátima
25 de maio: Centro de Estudos de Fátima, 18h00

LFS/OC

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