Vaticano: Papa Francisco «pode não realizar um concílio, mas pode ser que o provoque», diz religioso dominicano português

Frei Filipe Rodrigues considera que se «impõe» a «reestruturação» da Cúria da Santa Sé

Lisboa, 18 mar 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco “pode não realizar um concílio, mas pode ser que o provoque”, afirmou hoje o frei Filipe Rodrigues, secretário do Instituto de São Tomás de Aquino, ligado aos Dominicanos.

“Mesmo que não se faça um concílio a Igreja precisa do ‘aggiornamento’ [atualização]”, que pode ser concretizado com a realização de sínodos dos bispos ou com a realização regular de reuniões entre o Papa e os cardeais, acrescentou.

O superior do Convento de São Domingos, em Lisboa, considera que se “impõe” a “reestruturação” da Cúria do Vaticano, para que não seja “incoerente” em relação à mensagem cristã e dê testemunho de “transparência”.

O frei Filipe observa que o sucessor de Bento XVI deve promover “mais proximidade com o povo de Deus, percebê-lo melhor para o conduzir melhor”, sendo essa uma das “virtudes” do Papa Francisco.

O religioso recorda que, este domingo, o Papa cumprimentou à porta da igreja todos os fiéis que participaram na missa a que presidiu, no Vaticano, à imagem do que fazia em Buenos Aires, arquidiocese que dirigia antes do final do Conclave.

A “humildade e simplicidade” com que Francisco se dirigiu aos fiéis após a eleição, na quarta-feira, constituem “sinais claros de que os cardeais elegeram a pessoa que neste momento é muito importante para a vida da Igreja”, embora essa escolha não seja “uma rutura” em relação ao Papa emérito, salientou o frei Filipe Rodrigues.

LS/RJM

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