Cidade do Vaticano, 30 jan 2013 (Ecclesia) – O arcebispo italiano que dirige o Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização considera que o documento ‘Dei Verbum’, sobre a revelação de Deus, é o “mais bonito e difícil” do Concílio Vaticano II (1962-1965).
“Mais bonito porque soube conjugar a verdade dogmática, caracterizada por uma linguagem específica e frequentemente pouco propensa a deixar-se traduzir na plasticidade das imagens, com expressões de alta poesia”, escreve D. Rino Fisichella na edição de hoje do jornal do Vaticano.
O prelado considera também que a constituição é o texto mais complicado da assembleia conciliar “porque os seus diversos conteúdos alcançam, depois de séculos de debate teológico, uma clara elaboração que evidencia o progresso dogmático realizado”.
“A revelação, que constitui o fundamento e o coração da fé cristã, encontrou finalmente o seu lugar central na vida da Igreja” através da ‘Dei Verbum’ [Palavra de Deus], texto que apresenta “a novidade extraordinária” concretizada “gradualmente” na história da humanidade, salienta.
A expressão “Palavra de Deus”, que no original em latim abre a constituição, não indica “um falar genérico do Pai, mas certifica o acontecimento definitivo da sua intervenção na história”, explica D. Rino Fisichella.
O documento foi objeto de debate desde os primeiros meses do concílio até novembro de 1965, menos de um mês antes do encerramento, quando foi aprovado “quase por unanimidade”, refere o responsável no jornal ‘L’Osservatore Romano’.
RJM