Catequese: Jornadas Nacionais mostraram comunidades empenhadas na transmissão da fé

Projetos experimentais de catequese familiar mereceram «nota positiva» num encontro que sublinhou necessidade de reforçar conhecimentos dos pais

Fátima, Santarém, 08 out 2012 (Ecclesia) – As Jornadas Nacionais de Catequese (JNC), que se realizaram entre sexta-feira e domingo em Fátima, mostraram que as comunidades cristãs estão empenhadas na educação religiosa das suas crianças.

Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, o diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) destaca “a riqueza dos testemunhos” deixados pelos pais que estão a participar nos projetos experimentais de “catequese familiar”.

“Eles sentem necessidade de se envolver, sabem que está aqui também um caminho para a educação integral dos seus filhos e algo que vem responder a muitas das suas inquietações”, sustenta o diácono Acácio Lopes.

Subordinadas ao tema “Da Catequese Familiar à Catequese Intergeracional”, as JNC reuniram no auditório do Centro Paulo VI cerca de 700 pessoas, que deram “nota positiva” a “um novo modelo pedagógico” onde o sujeito da catequese “deixou de ser a criança e passou a ser a família”.

De acordo com o diretor do SNEC, o processo iniciado há cerca de um ano tem contado com a participação de “pais, avós, padrinhos e inclusivamente casais que, embora separados, querem mergulhar nesta nova dinâmica”.

O lançamento da catequese familiar e intergeracional em diversas paróquias-piloto, um pouco por todo o país, permitiu ainda “chamar para o centro das questões” agregados familiares que “devido ao atual ambiente social, se sentem muito abandonados e sozinhos”, salienta o diácono Acácio Lopes.

“A propósito da catequese familiar”, acrescenta, a Igreja Católica “está também a construir uma catequese de adultos, dinâmica em que os conteúdos doutrinários são arrastados para a família toda”.

Do lado dos catequistas, as opiniões recolhidas mostraram que, ao contrário de projetos anteriores, “que levaram a um certo fracasso”, desta vez escolheu-se um rumo “certo” e “há um grande caminho para andar”, frisa o responsável pelo SNEC.

Marcadas pela ideia de que a fé não nasce a partir da simples transmissão de conteúdos mas através de um testemunho sólido, as JNC mostraram também a necessidade de reforçar as bases e os conhecimentos dos pais e restantes encarregados de educação.

Segundo Isabel Oliveira, que durante o evento apresentou uma conferência sobre “Catequese Intergeracional – como adotar uma metodologia de projeto nas paróquias”, a “maior parte deles tem apenas uma religiosidade popular, muito ainda de tradições sem ter um substrato e um fundamento evangélico”.

“É preciso ajudar a família a ser ela própria educadora na fé, integrando-a de forma progressiva no grupo de catequese e propondo experiências de fé e de vida, quer de oração, quer de interajuda na comunidade, quer de conhecimentos entre pais e filhos”, conclui.

JCP/PTE 

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