Cardeal Saraiva Martins lembra quem sofre

Responsável da Santa Sé presidiu à missa da padroeira da cidade de Bragança

Bragança, 22 ago 2012 (Ecclesia) – O cardeal português D. José Saraiva Martins recordou hoje em Bragança aqueles que passam momentos de “incerteza” e de “dor”, bem como as “vítimas do ódio e da violência”, aludindo ainda às situações de conflito armado.

O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, organismo do Vaticano, falava durante a homilia da missa evocativa da padroeira da cidade transmontana, Nossa Senhora das Graças.

Este responsável pediu que “os povos envolvidos em absurdas guerras fratricidas deponham quanto antes as armas, para poderem, finalmente, experimentar a alegria da reconciliação e da paz”.

D. José Saraiva Martins apelou também à oração pela cidade de Bragança, para que “conserve sempre vivas as raízes cristãs deste povo brigantino e bragançano”.

Durante a celebração, o cardeal benzeu uma ‘Pietà’ (representação da Virgem Maria com o corpo morto de Jesus nos braços) do escultor José Rodrigues, que vai ser benzida pelo cardeal José Saraiva Martins, numa cerimónia em que foi dito um poema inédito do padre Tolentino Mendonça.

Na sua homilia, enviada à Agência ECCLESIA, D. José Saraiva Martins referiu-se à obra de José Rodrigues, afirmando ver nela o “fruto de uma aproximação ao Mistério” que “recolhe uma expressão da intensidade na relação com a Mãe de Deus e com o seu Filho Jesus”.

“Naquele Filho reconhecem-se todos os que labutam e sofrem, os que investem a vida numa entrega de amor e encontram um colo aconchegado de carinho”, prosseguiu, enfatizando “os traços de uma mulher transmontana” presentes na escultura.

Na Catedral de Bragança foi também inaugurado um conjunto de sete vitrais alusivos às sete últimas palavras de Cristo na cruz, igualmente da autoria de José Rodrigues, oriundo da diocese transmontana.

Esta é a mais recente sé portuguesa, dedicada em outubro de 2001 a Nossa Senhora Rainha, memória que a Igreja Católica assinala esta quarta-feira.

“Maria não esquece o seu povo peregrino sobre a terra. Ela continua a satisfazer os pedidos dos seus filhos, a interceder por eles, a livrá-los dos perigos, a aliviá-los nas dificuldades”, disse D. José Saraiva Martins.

O cardeal português destacou ainda que nos dias de hoje “não é simples superar os obstáculos e resistir às tentações que colocam em risco a própria vida cristã”.

OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top