Alentejo: Viver a Páscoa no campo

Romarias, procissões e pratos típicos do Alentejo marcam a segunda-feira de Páscoa

Évora, 10 abr 2012 (Ecclesia) – Na região do Alentejo é tradição, na segunda-feira de Páscoa, as pessoas deslocarem-se para o campo para “comerem o borrego, o folar e os pratos típicos”, disse à ECCLESIA Pedro Conceição.

O jornalista do jornal «A Defesa» e natural desta região de Portugal frisou que em vários concelhos é feriado municipal na segunda-feira após a festa da Ressurreição e, em várias localidades, estas “tradições pascais” entraram na vivência das pessoas.

Tradições transformadas em romarias que “cruzam o profano com o religioso”, acrescentou.

Como as raízes destes afluxos para o campo estão relacionadas com a estação primaveril, Pedro Conceição sublinha que em Campo maior, junto à fronteira, no fim de semana da Páscoa, a vila fica “praticamente deserta” porque a maioria da população, incluindo famílias inteiras, se deslocam para as margens do rio Xévora, junto do Santuário de Nossa Senhora da Enxara.

Uma tradição que começou por “um grupo de amigos e, atualmente, é uma romaria que tem a devoção do povo alentejano”, frisou.

A sul da diocese de Évora, em Mourão, na segunda-feira de Páscoa realiza-se a romaria de São Pedro dos Olivais e, segundo consta, – tradição começou em 1976 – “os Pedros mouranenses elegeram este dia para começarem a celebrar a festa de São Pedro dos Olivais”, referiu.

A vivência pascal ao ar livre “é diferente” e, segundo o jornalista, o povo alentejano é “religioso, mas não demonstra em atos a sua fé”.

Na serra de São Miguel, em Sousel, realiza-se também a romaria de Nossa Senhora do Carmo com a respetiva procissão, almoço e “o tradicional rebola” pela serra.

PRE/LFS

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