D. António Vitalino recorda «sofrimento» que atinge muitos, «mais a uns que a outros privilegiados»
Beja, 08 abr 2012 (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. António Vitalino, recordou as mortes recentes da mãe e do prelado emérito diocesano em mensagem publicada hoje, Domingo de Páscoa, dia em que os cristãos celebram a ressurreição de Cristo com maior intensidade.
“Como é bela a morte dos justos, diz a Escritura. Nos últimos meses pude constatar a verdade desta afirmação, na morte da minha mãe, em dezembro, na de D. Manuel Falcão, em fevereiro e na da Maria José, irmã do cónego Aparício, em março”, pessoas que para o prelado foram “modelos de vidas exemplares” que acreditavam “na vida eterna”.
Na Páscoa os cristãos assinalam não apenas uma “memória” mas também um acontecimento que “liberta” para “aquilo que devem ser”, refere o prelado, sublinhando “que a morte física não é o fim do ser humano, mas a passagem para a vida eterna com Deus e todos os seus semelhantes”.
“É esta certeza da fé que os cristãos celebram na Páscoa e que faz renascer a esperança da realização do anseio profundo do coração humano. O amor não pode morrer, mas atingir a plenitude”, acrescenta.
D. António Vitalino deseja que as festas pascais sejam “repletas de esperança”, apesar do “sofrimento” que atinge muitos “irmãos”, “mais a uns que a outros privilegiados”, dado que “a justiça deste mundo é falível”.
Referindo-se ao Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações, que decorre em 2012, o bispo de Beja salienta que “é importante não apenas criar ocupações e distrações para os idosos, universidades seniores, cosméticas, academias, operações plásticas e por fim a eutanásia e a morte longe do olhar da família e dos amigos”.
É também necessário “ajudar as pessoas a descobrir a beleza da vida espiritual, do homem material que se vai transformando até atingir a maturidade da sua vocação divina”, acentua.
RJM