Páscoa: Paróquia do Porto inova em confessionário para atrair fiéis ao sacramento da reconciliação

Espaço oferece «recolhimento espiritual» e funciona como autêntica «catequese» sobre a misericórdia de Deus

Vila Nova de Gaia, 04 2012 (Ecclesia) – A paróquia do Divino Salvador de Vilar do Andorinho, em Vila Nova de Gaia, Porto, apostou esta Páscoa na dignificação do sacramento da confissão, através da construção de um espaço moderno e completamente insonorizado.

Em declarações concedidas à Agência ECCLESIA, o padre Albino Reis realça que o novo confessionário, instalado na Capela do Balteiro, “tem a vantagem de ter um tratamento acústico, que possibilita às pessoas estarem mais à vontade para abrirem a alma e o coração”.

Segundo o sacerdote, o projeto foi desenvolvido numa área da capela que “já estava destinada para confessionário mas nunca tinha sido concluída”.

“Assim cumprimos também o que está determinado pela Igreja, que cada lugar de culto tenha um espaço privilegiado para o sacramento da reconciliação que Deus oferece aos seus fiéis”, sublinha o sacerdote.

A nova estrutura, que vai servir uma comunidade cristã com cerca de 500 pessoas, oferece não só “condições de conforto e de recolhimento espiritual” mas também uma autêntica “catequese” sobre a misericórdia de Deus.

Logo à entrada, destaca-se uma cópia do quadro sobre a parábola do “Filho Pródigo”, da autoria do pintor holandês Rembrandt (1606-1669), secundado pela passagem do Evangelho em que Jesus conta esse episódio aos seus discípulos.

“Normalmente as pessoas chegam à confissão muito agitadas e assim entram mais facilmente em ambiente de recolhimento”, sustenta o padre Albino Reis, convicto de que o novo confessionário irá encorajar as pessoas a procurarem o “diálogo fraterno com Deus” com maior frequência.

“É sempre importante reconciliarmo-nos com o Senhor, não apenas durante o tempo da Quaresma ou da Páscoa”, aponta.

Um dos responsáveis pela obra, Tiago Ferreira, explica à Agência ECCLESIA que foram ainda “integradas no espaço algumas inovações tecnológicas, como a possibilidade de regulação da separação entre o sacerdote e o penitente e a presença de música como elemento pacificador”.

A construção do confessionário “não obrigou a paróquia a um esforço significativo”, destaca o pároco, uma vez que o investimento diluiu-se no orçamento que já estava previsto para a modernização da Capela do Balteiro.

JCP

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