Vaticano II: Leitura e aplicação dos documentos do Concílio é uma prioridade para a Igreja, diz D. Carlos Azevedo

Semana de Estudos da Vida Consagrada analisou desafios da assembleia conciliar

Fátima, Santarém, 24 fev 2012 (Ecclesia) – O bispo D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício da Cultura, considera que os católicos devem dar prioridade à “receção” dos textos do Concílio Vaticano II (1962-1965), que constituem um “corpo doutrinal rico” e “variado”.

As declarações do responsável à ECCLESIA foram proferidas durante a 27.ª Semana de Estudos da Vida Consagrada que decorreu de 18 a 21 de fevereiro, em Fátima, sobre o tema ‘Concílio Vaticano II – Renovação e Esperança – Desafios à Vida Consagrada, 50 anos depois (1962-2012)’.

[[v,d,2916,Concílio Vaticano II]]O padre Abílio Pina Ribeiro, membro da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, entidade organizadora da iniciativa, reiterou esta perspetiva ao afirmar que é preciso “acolher e vivenciar o Concílio porque a sua assimilação ainda não foi conseguida”.

D. Carlos Azevedo, que apresentou a conferência “Porquê o Concílio? Génese. Intuições. Objetivos”, destacou a necessidade de ler os documentos conciliares à luz da realidade de há 50 anos bem como no contexto atual, dado que “a fidelidade a cada momento da história é um sinal da fé em Deus”.

O prelado acentuou a relação entre o Concílio e a crença em Deus ao referir-se ao Ano da Fé, que segundo determinação do Papa Bento XVI começa em outubro, mês em que se assinala o 50.º aniversário da abertura do Vaticano II.

“É sobretudo a dimensão da fé que vai trazer espírito renovador bem fundamentado e não superficial” à Igreja, observou o historiador.

O anterior bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, D. Augusto César, pertencente à Congregação da Missão (Vicentinos), referiu que a “imaginação” deve conceber “novas formas de evangelização”.

Caso contrário o “consumismo” e o “relativismo” vão influenciar o pensamento contemporâneo e impedirão “a passagem para a transcendência”, afirmou o prelado, que expôs o tema “A Igreja à luz do Concílio”.

O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, da congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), salientou que a variedade de institutos religiosos contribui “de maneira decisiva para o enriquecimento da Igreja”.

PTE/RJM

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Agência ECCLESIA

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