Vaticano: 133 cardeais em dia de debate com o Papa

Crescimento dos católicos na China e secularismo no Ocidente entre os temas abordados, com a presença de três portugueses

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 17 fev 2012 (Ecclesia) – 133 cardeais e cardeais designados, incluindo três portugueses, reuniram-se com Bento XVI no Vaticano para um debate sobre a “evangelização” em que foi sublinhado o aumento do número de católicos na China, “apesar das dificuldades”.

O encontro de “oração e reflexão” noticiado pela sala de imprensa da Santa Sé aconteceu na véspera do Consistório público para a criação de 22 novos cardeais, entre os quais D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé.

Faltaram ao encontro 80 cardeais, “por motivos de idade, de saúde ou por compromissos anteriores inadiáveis”.

Em comunicado, o Vaticano destaca que foram “abordados os problemas da evangelização nas várias áreas do mundo e nas diversas culturas”.

Além da China, os participantes evocaram as dificuldades sentidas pelos cristãos “nos países do Médio Oriente” e o “confronto com o secularismo que tende a marginalizar a religião da vida social no Ocidente”.

A luta contra a pobreza na Índia, a importância da religiosidade popular na América Latina ou a realização de eventos como as Jornadas Mundiais da Juventude ou os Congressos Eucarísticos Internacionais foram ainda apresentados como “desafios” que abrem “perspetivas encorajadoras” à Igreja Católica.

Após a apresentação do tema ‘O anúncio do Evangelho hoje, entre missão ad gentes e nova evangelização’, pelo cardeal designado D. Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, Estados Unidos da América, e da comunicação sobre o ‘ano da fé’, que se inicia em Outubro, a cargo de D. Salvatore Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, houve espaço para 27 intervenções que abordaram também os temas da educação, da catequese, da pastoral juvenil, da formação cristã e do ecumenismo, refere a Santa Sé.

Os presentes deixaram um estímulo “às peregrinações à Terra Santa e a Roma” bem como “às novas formas de missões populares”.

Bento XVI encerrou o encontro, agradecendo aos participantes pelo “amplo mosaico de ideias e de propostas”.

O Papa lembrou a importância do Concílio Vaticano II (1962-1965) para “redescobrir a contemporaneidade de Jesus e da fé”, alertando para o que designou como “analfabetismo religioso”.

Em conclusão, Bento XVI destacou a importância de se apresentar a “verdade” da fé cristã para “reevangelizar a humanidade de hoje”.

OC

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