D. António Marto, de visita pastoral àquele país lusófono, desafiou os fiéis a viverem com solidariedade, verdade e justiça
Huambo, Angola, 11 jan 2011 (Ecclesia) – A comemoração dos 50 anos do Santuário de Nossa Senhora de Fátima no Huambo constituiu-se até agora como o ponto alto da visita pastoral que o bispo de Leiria-Fátima está a efetuar a Angola.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o padre Vítor Mira, padre da diocese leiriense enviado para a missão do Sumbe, destaca a “multidão” que acolheu e “saudou entusiasticamente” D. António Marto, esta segunda-feira, durante a celebração eucarística que deu início ao jubileu.
Depois de “uma intervenção acerca da mensagem de Fátima”, em que apelou “à abertura aos valores para a criação de uma sociedade melhor”, o prelado leiriense desafiou os fiéis angolanos “a estarem na primeira linha na vivência de uma atitude de vida virada para a solidariedade, a verdade e a justiça”.
Durante a cerimónia, concelebrada pelo arcebispo do Huambo, o português D. José de Queirós Alves, procedeu-se à bênção de uma capela, integrada no espaço do santuário mariano, que foi consagrada aos beatos portugueses Francisco e Jacinta.
A passagem do bispo de Leiria-Fátima por Angola teve início dia 2 de janeiro, no âmbito de uma parceria estabelecida com a diocese do Sumbe, localizada 350 quilómetros a sul da capital Luanda.
Há mais de uma década que a igreja leiriense apoia aquela região, integrada na província de Kwanza-Sul, através do grupo missionário “Ondjoyetu”, que tem desenvolvido programas de formação e acompanhamento de crianças, jovens e mulheres.
A vinda de D. António Marto deu nova vida ao projeto, já que serviu também para inaugurar a segunda fase da casa que a missão da diocese de Leiria-Fátima está a construir no Sumbe.
De acordo com o padre Vítor Mira, que integra o grupo “Ondjoyetu”, o prelado recordou que as novas instalações são “expressão da solidariedade de muita gente e concretização de um sonho” que vai permitir continuar a ajudar as pessoas mais desfavorecidas.
Destaque ainda para um encontro com responsáveis católicos da diocese do Sumbe, onde ficou clara a “satisfação” pelo caminho de fé e solidariedade que tem sido aberto, através do protocolo estabelecido entre as comunidades angolana e portuguesa.
O bispo português afirmou a sua condição de “peregrino e missionário que veio a Angola partilhar a fé e acolher o testemunho desta igreja irmã”.
Sublinhou também o papel da religião, que permite “congregar povos das diversas raças e culturas”, tomando como exemplo os milhares de angolanos que têm vindo ao seu encontro, ao longo dos dias.
A visita pastoral de D. António Marto a Angola, que prevê contactos com diversos bispos, missionários e comunidades locais, termina na próxima segunda-feira.
JCP