Braga: «maior presépio vivo da Europa» palco de minuto de silêncio pela paz na Terra Santa

Iniciativa da paróquia de Priscos realiza-se no primeiro dia de 2012 com a presença do Prémio Nobel D. Carlos Ximenes Belo

Braga, 30 dez 2011 (Ecclesia) – O “maior presépio vivo da Europa”, erguido pela paróquia de Priscos, da arquidiocese de Braga, vai ser palco este domingo de um minuto de silêncio pela resolução do conflito na Terra Santa.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o padre João Torres explica que o principal objetivo desta iniciativa é “alertar a comunidade internacional para se empenhar pela Paz na Palestina e em Israel”.

“Queremos fazer a guerra dos não violentos, que se chama solidariedade e fraternidade”, realça o pároco de Priscos, localidade que até 8 de janeiro apresenta ao público uma reconstituição gigantesca do tempo do nascimento de Jesus, projeto que pretende também ele mostrar que cada pessoa “pode ser mais e melhor”.

O minuto de silêncio está marcado para as 15h20 do primeiro dia de 2012 e contará com a participação do Prémio Nobel da Paz D. Carlos Ximenes Belo, bispo emérito de Dili.

Será composto por uma “cerimónia singela”, com as bandeiras palestiniana e israelita “lado a lado num grande campo verde” e a palavra “Paz” a servir de elo de ligação.

“Não podemos ficar calados diante do sofrimento, as pessoas decentes precisam se levantar contra a violência e protestar”, sublinha a organização, que para além do bispo timorense espera contar com a participação da população em geral.

O conflito israelo-palestiniano, com origem em disputas territoriais, tem levado a inúmeros atos de violência entre os dois povos e o processo de paz permanece há muitos anos num impasse.

Israel pretende ver reconhecida a sua condição de “Estado-nação do povo judeu” e garantir a segurança das suas fronteiras, algo a que os árabes nunca acederam, por considerarem que aquelas terras são suas por direito, já que as habitavam desde há séculos.

Em Junho deste ano, depois de receber em audiência o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, Bento XVI reiterou a ideia de que as duas nações “devem procurar viver em segurança o mais rapidamente possível, fomentando a paz com os territórios vizinhos e dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente”.

“Só através de um espírito de cooperação, abertura, e reconciliação, com o apoio da comunidade internacional, é que a Terra Santa poderá conhecer a paz” salientou o Papa.

JCP

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