Sudão do Sul: Governo conta com Igreja Católica para consolidar novo país

Lisboa, 30 nov 2011 (Ecclesia) – O presidente da República do Sudão do Sul considera que o caminho para a paz e estabilidade naquele jovem país deverá passar por uma maior “cooperação” entre as forças políticas e a Igreja Católica local.

De acordo com o site oficial do Governo sul-sudanês, o general Salva Kiir Mayardit transmitiu esta mensagem a todo o episcopado nacional, durante a celebração das bodas de prata da diocese católica de Yei, situada na província eclesiástica de Juba.

Depois de elogiar o desempenho da diocese a favor da paz, o presidente incentivou as comunidades a “permanecerem unidas nos bons e maus momentos”.

Kiir Mayardit sublinhou ainda que “todos aqueles que pretendam desestabilizar a vida no Sudão do Sul irão certamente enfrentar a justiça”.

Fundada em 1986, a diocese de Yei conviveu durante décadas com uma guerra civil que dividiu o norte e o sul do Sudão, fez cerca de dois milhões de mortos e obrigou à fuga de quatro milhões de refugiados.

D. Lukudu Loro, arcebispo de Juba (capital sul-sudanesa) e presidente do episcopado, classificou os 25 anos de Yei como um “milagre” na história da Igreja Católica da região.

Pediu depois aos fiéis para que “ultrapassem as fraquezas da condição humana através do serviço a Deus e da construção da sua Igreja”.

Com uma área semelhante à Península Ibérica e mais de oito milhões de habitantes, o Sudão do Sul tornou-se oficialmente independente em julho deste ano, mas continuam por resolver questões como a demarcação definitiva de fronteiras, a partilha das receitas do petróleo e a situação dos cidadãos sul-sudaneses que residem no Sudão.

JCP

 

 

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