Lisboa: Novo bispo auxiliar quer promover diálogo

D. Nuno Brás vai ser ordenado no Mosteiro dos Jerónimos

Lisboa, 17 nov 2011 (Ecclesia) – O novo bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, cuja ordenação episcopal acontece domingo, quer promover um diálogo entre a Igreja e o” mundo contemporâneo”, para “procurar dar-lhe uma resposta”.

“O grande horizonte da pastoral da própria diocese é esse, o da nova evangelização, esta tentativa de anunciar aos homens do século XXI a mensagem de salvação de sempre”, refere, em declarações à ECCLESIA.

O futuro bispo vai ser ordenado no dia da solenidade de Cristo Rei, que encerra o calendário litúrgico católico, às 16h00, numa celebração presidida pelo cardeal-patriarca, no Mosteiro dos Jerónimos.

Com D. José Policarpo serão bispos ordenantes o presidente do Conselho Pontifício para Promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella – professor de Teologia Fundamental em Roma do então padre Nuno Brás – e D. Manuel Clemente, bispo do Porto, também antigo reitor do seminário maior dos Olivais.

[[v,d,2690,]] D. Nuno Brás, de 48 anos, foi nomeado auxiliar de Lisboa no dia 10 de outubro, por Bento XVI, e parte com a expectativa de ser “o bispo de que a Igreja precisa neste momento”, como auxiliar do cardeal-patriarca, “sem nenhum protagonismo especial, mas inserido naquilo que é a vida da Igreja de Lisboa”.

“Nós, padres, não fazemos aquilo de que gostamos, gostamos daquilo que fazemos e isso faz toda a diferença”, afirma.

D. Nuno Brás considera importante o facto de o patriarca o “conhecer”, como membro do presbitério de uma diocese “muito complexa”, que vai da cidade a zonas industriais e rurais.

Quanto ao futuro, o bispo nomeado admite que “pode ajudar nalgumas situações” pelo facto de ser formador do seminário desde 1993, conhecendo “grande parte dos padres novos e mesmo já não tão novos”, fator a que se soma o facto de ter sido professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), numa abertura “ao mundo da cultura”.

Em tempos de crise económica, D. Nuno Brás declara que a Igreja “procura colocar em prática tudo aquilo que é partilha fraterna, entre cristãos e dos cristãos para todas as pessoas de que necessitam”, sem se aproveitar disso para “fazer proselitismo”.

O novo bispo nasceu a 12 de maio de 1963 no Vimeiro, Lourinhã (patriarcado de Lisboa), e foi ordenado padre em julho de 1987.

Doutorado em Teologia Fundamental pela Universidade Pontifícia Gregoriana (Roma), o auxiliar do patriarcado foi vigário paroquial de Nossa Senhora dos Anjos, diretor do semanário diocesano ‘Voz da Verdade’ (a que regressou no início de 2011) e professor na Faculdade de Teologia da UCP.

Em 2002, foi nomeado reitor do Colégio Pontifício Português de Roma, cargo no qual foi sucedido por D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda.

De regresso à capital portuguesa, em 2005, o prelado assumiu os cargos de reitor do seminário maior de Cristo Rei (Olivais) e é diretor do departamento de comunicação do patriarcado de Lisboa desde 2010.

O brasão de armas de D. Nuno Brás é da autoria do mestre José Bénard Guedes, especialista em heráldica, e inclui o lema episcopal ‘In verbo tuo’ (Na tua palavra).

PTE/OC

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