D. Manuel Clemente deixa desafios nas Jornadas de Comunicação Social
Fátima, Santarém, 29 set 2011 (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, considerou hoje em Fátimaque existem “dificuldades em explicitar o fenómeno religioso”.
No workshop sobre «Religião nos media generalistas», integrado nas Jornadas de Comunicação Social sobre «Era digital: evolução na cultura e na sociedade», o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais referiu também que a temática religiosa “é tão inevitável como difícil nos media generalistas e mesmo noutros mais específicos”.
A densidade dos temas religiosos “torna-os de difícil resumo e explicitação” porque estes “estão no campo do insondável”, frisou.
Para D. Manuel Clemente a “atenção do grande público” sustenta-se, geralmente, com “concretizações pessoais ou práticas” e “rapidamente se desfaz quando o discurso se prolonga e adensa”.
No mundo da comunicação social, as notícias “têm de ter rosto” para que “se compreendam rapidamente” porque quando “se começa a especular” aparece o desinteresse.
Neste contexto, os comunicadores assumem “relevância” porque “têm de dar voz e rosto” ao discurso – salienta o presidente da referida comissão.
Para a jornalista do «Expresso», Rosa Pedroso Lima, a relação entre os media e a Igreja “é difícil”, mas “inevitável”.
Apesar da “desconfiança mútua”, Rosa Pedroso Lima acrescenta que a dimensão do tempo é diferente para as duas realidades porque a “Igreja é reflexiva” e a “comunicação social imediatista”.
A leitura dos sinais vividos nas redações foi a proposta lançada à igreja pelo jornalista Licínio Lima, do «Diário de Notícias», que adianta: “é fundamental que as informações sobre a religião cheguem às redações, mas devidamente trabalhada”.
As jornadas terminam esta sexta-feira com uma conferência de D. Cláudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, sobre «Era digital e comunicação na Igreja Católica».
LFS