Fátima: Bispo diz que o governo da Igreja recusa «interpretação meramente sociológica»

D. António Marto presidiu à ordenação episcopal do anterior reitor do Santuário, D. Virgílio Antunes

Fátima, Santarém, 04 jul 2011 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, disse este domingo que o exercício e os símbolos do governo na Igreja recusam “uma interpretação meramente sociológica” de “honra, poder, prestígio, privilégio, sucesso”.

“Um bispo oferece o coração, a mente, a ação, a paciência e o sofrimento por todos os que lhe são confiados”, disse o prelado, na missa de ordenação episcopal do anterior reitor do Santuário de Fátima, D. Virgílio Antunes, nomeado pelo Papa como bispo de Coimbra.

D. António Marto optou por meditar sobre “a beleza do ministério episcopal e a responsabilidade que o acompanha”, examinando “os símbolos da liturgia da ordenação”.

“O bispo leva no coração, nos olhos e nos lábios a beleza de Deus-Amor”, observou, “um Deus que se faz próximo, abrindo horizontes novos de salvação e pedindo colaboração para uma missão precisa a desempenhar em Seu nome, no mundo”.

Falando diretamente para D. Virgílio Antunes, o presidente da celebração pediu que seja “bispo contemplativo do mistério da intimidade do Deus Santo” e “bispo com coração de pai, muito humano e compreensivo, de coração universal, aberto a todos de dentro e fora da Igreja”.

“Caro D. Virgílio, sê um bispo irmão que infunde em todos um grande sentido de fraternidade e desperta a esperança”, acrescentou.

D. António Marto aludiu aos símbolos do “báculo pastoral” e do anel para falar da missão de cada bispo como “pastor e pai” e da sua “comunhão amorosa e fiel” com a Igreja Católica.

Em conclusão, o bispo de Leiria-Fátima desejou ao novo responsável pela diocese de Coimbra um episcopado “longo e fecundo, sereno, alegre e feliz”.

Na celebração foi lida a bula de nomeação de Bento XVI em que D. Virgílio do Nascimento Antunes, “até agora reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima” é oficialmente designado sucessor de D. Albino Mamede Cleto, que renunciou ao cargo de bispo de Coimbra por ter atingido o limite de idade determinado pelo direito canónico.

No próximo dia 10 de julho, o novo bispo vai entrar solenemente na diocese conimbricense, numa celebração marcada para a Sé Nova, pelas 16h30.

OC

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