A Aliança Atlântica só terá futuro se for um elemento promotor de paz, afirma o Bispo do Porto num comentário à cimeira da NATO, em Lisboa.
Em declarações à Renascença, D. Manuel Clemente afirma que os esforços de guerra são sempre responsáveis por desigualdades e injustiças, pelo que o caminho não pode ir nesse sentido.
“Estas alianças antigas têm algum cabimento no futuro é sempre no sentido da paz, que não se fará sem a justiça dos povos. Há muito tempo já que a doutrina social da Igreja tem lembrado isso mesmo”, defende o prelado.
D. Manuel Clemente adverte que os “grandes investimentos na guerra são causadores de mais guerras, porque mantêm e até agravam as desigualdades entre povos”.
O Bispo do Porto falava à margem da inauguração de uma venda de arte, cujos lucros irão reverter, em parte, para o Fundo Diocesano de Solidariedade.