Os bispos americanos estão satisfeitos com o cartão vermelho exibido pela justiça federal às pesquisas envolvendo células estaminais de embriões.
No passado dia 23, o Tribunal Federal de Washington emitiu uma ordem provisória para suspender todo o tipo de financiamento para projectos de investigação daquela área.
Num comunicado publicado no site da Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB), o cardeal Daniel DiNardo refere-se a esta decisão como uma “vitória muito desejada, para uma ética médica mais sólida”.
O mesmo responsável, presidente do Comité de Actividades Pró Vida da USCCB, lembrou que a decisão do tribunal vai ao encontro da “emenda Dickey, aprovada pelo Congresso em 1996, que não permite o financiamento federal de qualquer pesquisa que cause dano ou destruição de embriões humanos”.
A partir de 1999, com a administração Clinton, a referida emenda sofreu alterações e perdeu força, uma situação que mereceu fortes reparos da Igreja Católica americana.
“A tarefa de todo o bom governo é usar o seu poder económico para servir e respeitar a vida humana, e não para buscar formas de sacudir essa responsabilidade”, defende o cardeal Daniel DiNardo.
A decisão do Tribunal Federal de Washington constitui também um duro golpe para as políticas do actual presidente americano. Durante a sua campanha eleitoral, Barack Obama fez da investigação com células estaminais, recolhidas em embriões humanos, uma das suas principais bandeiras.