Comunicado oficial fala em nova esperança para as vítimas destas armas
A Santa Sé assinalou a entrada em vigor, a 1 de Agosto, da Convenção internacional que proíbe as bombas de fragmentação, que qualifica como “um passo significativo no campo do desarmamento e do direito humanitário internacional”.
Em comunicado oficial, a Santa Sé destaca que a Convenção, ao assegurar assistência às vítimas, “oferece um motivo de esperança aos que sofreram os efeitos” deste tipo de armamento.
A Santa Sé participou activamente neste processo, quando a Convenção foi adoptada em Dublin (Irlanda), em Maio de 2008, e assinada em Oslo (Noruega), em Dezembro do mesmo ano.
O acordo, indica o comunicado, é um “resultado notável para um multilateralismo baseado na cooperação construtiva entre actores governamentais e não governamentais, na ligação entre direito humanitário e direitos humanos”.
Já no Domingo, Bento XVI manifestou a sua satisfação pela entrada em vigor da Convenção, acusando as bombas de fragmentação de causar “danos inaceitáveis” sobre os civis.
Para a Santa Sé, um dos primeiros Estados a ratificar o acordo, “a nova Convenção quer dar uma resposta forte e credível a um problema ainda actual”.
As bombas de fragmentação contêm um dispositivo que, ao abrir-se, liberta um grande número de pequenas bombas, as quais permanecem nos locais atingidos durante vários anos, podendo explodir a qualquer momento.
A Santa Sé defende que “a lógica da paz deve ser mais forte do que a lógica da guerra” e que qualquer conflito bélico deve ter como limite “a protecção e a tutela da população civil”.
De 9 a 21 de Novembro de 2010 terá lugar em Vientiane, no Laos, a primeira conferência dos Estados signatários da Convenção.
Ao ratificar o tratado, a Santa Sé pedia que fossem orientados mais “recursos naturais e humanos para o desenvolvimento, a justiça e a paz, que são instrumentos mais eficazes” para promover a “segurança” e uma “ordem pacífica” internacionais.