Livro sobre «Sacerdotes heróicos» apresentado em Lisboa

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) promoveu esta Quinta-feira a apresentação pública da obra “Sacerdotes heróicos”, com a qual quis encerrar simbolicamente o Ano Sacerdotal convocado por Bento XVI.

O livro narra as histórias de 12 padres, do nosso tempo, que apoiados também pela AIS servem ou serviram Deus e o Seu povo de forma extraordinária, em várias partes do mundo.

A presidente do Conselho de administração da Fundação, Catarina Martins Bettencourt, sublinha a importância de promover obras como esta, lembrando que entre os padres da Igreja Católica “há mais histórias positivas do que negativas”.

Presente no lançamento esteve um dos autores do livro, o jornalista inglês John Pontifex, responsável pelo Departamento de Informação do Secretariado da AIS no Reino Unido.

O autor sublinha que é importante lembrar que a perseguição aos cristãos “não é algo que remonte apenas à época pré-constantiniana”, nos três primeiros séculos da Igreja, mas ainda hoje afecta os fiéis, incluindo muitos padres e Bispos.

Na obra, entre outros, são retratados o Pe. Andrea Santoro, assassinado na Turquia em 2006, e o Pe. Ragheed Ganni, morto a tiro no Iraque, aos 35 anos de idade, em 2007, e Bernard Digal, que faleceu na sequência das violentas agressões de que foi alvo, em Orissa (ìndia) no ano de 2008.

John Pontifex confessa-se emocionado com o relato do assassinato do Pe. Ganni, que foi confrontado pelos seus assassinos com o facto de não ter fechado a Igreja, como lhe tinham exigido, ao que ele respondeu – naquelas que foram as suas últimas palavras -“Como é que eu posso fechar a casa de Deus?”

A obra apresenta também trabalhos marcados pela criatividade dos sacerdotes, como é o caso de Richar Ho Lung, na Jamaica, fundador dos Missionários dos pobres, um verdadeiro herói nacional cujo percurso de vida tem forte paralelismo com o serviço desenvolvido, por exemplo, por Madre Teresa de Calcutá.

Em Lisboa esteve presente um dos “heróis” retratados no livro, o P. Peter Shekelton, sacerdote de origem inglesa a trabalhar como missionário no Brasil. Durante o Verão, visita as aldeias e povoações da Amazónia, que por vezes passam vários anos sem receber visitas de sacerdotes.

Na companhia de jovens, percorre cerca de 3000 quilómetros para visitar os fiéis que esperam ansiosos. O Pe. Peter assegura que esta experiência é muito marcante, para si e para aqueles que o acompanham, mostrando a “diferença” que um sacerdote pode fazer.

A apresentação da obra, em Lisboa, foi antecedida por uma breve conferência sobre o Ano Sacerdotal proferida pelo P. David Sampaio Barbosa, Presidente da Assembleia de Curadores da Fundação.

A Fundação AIS considera que o Ano Sacerdotal foi particularmente rico para a Organização, que tem como missão, entre outras, ajudar os sacerdotes, desde a sua formação no seminário e durante toda a sua vida, como formação contínua, ajuda de subsistência, meios de evangelização e outros.

Departamento de Informação da Fundação AIS

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Agência ECCLESIA

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