Novas tecnologias para anunciar o Evangelho

Bento XVI falou esta Quinta-feira de uma “verdadeira revolução” no âmbito das Comunicações Sociais, considerando que as novas tecnologias colocam sérios desafios à Igreja Católica.

“As grandes mudanças sociais que aconteceram nos últimos 20 anos solicitam e continuam a solicitar uma análise atenta sobre a presença e a acção da Igreja” no campo mediático, disse.

O Papa dirigia-se aos participantes na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, que reuniu esta semana no Vaticano.

“Nestes dias, estivestes a reflectir sobre as novas tecnologias da comunicação. Mesmo um observador pouco atento pode facilmente constatar que no nosso tempo, graças às mais modernas tecnologias, está a acontecer uma verdadeira revolução no âmbito das comunicações sociais, da qual a Igreja Católica vai tomando cada vez mais uma consciência responsável”, afirmou.

Para Bento XVI, estas tecnologias “tornam possível uma comunicação veloz” e uma ampla partilha de “ideias e opiniões”, facilitando a aquisição de notícias de “forma capilar e acessível a todos”.

“A cultura moderna, com efeito, brota – mesmo antes dos conteúdos – da própria existência de novos modos de comunicar que utilizam linguagens novas, servindo-se de novas técnicas e criando novas relações psicológicas”, observou.

O Papa declarou que “tudo isto constitui um desafio para a Igreja, chamada a anunciar o Evangelho aos homens do terceiro milénio, mantendo os conteúdos inalterados, mas tornando-o compreensível graças também aos instrumentos e modalidades adequados à mentalidade e à cultura de hoje”.

“Os meios de comunicação social assumiram hoje potencialidades e funções que seriam dificilmente imagináveis”, prosseguiu.

Bento XVI precisou que “o carácter multimédia e a interactividade estrutural dos novos media diminuiu, de certo modo, a especificidade de cada um deles, gerando gradualmente um espécie de sistema global de comunicação”.

Neste contexto, convidou os que na Igreja trabalham no âmbito da comunicação a “saber recolher os desafios que estas novas tecnologias colocam à evangelização”.

“As características dos novos meios tornam possível, em larga escala e à dimensão global que assumiu, uma acção de consulta, de partilha e de coordenação que, para além de incrementar uma eficaz difusão da mensagem evangélica, evita uma inútil dispersão de forças e recursos”, apontou.

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Agência ECCLESIA

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