Participantes do Congresso sobre Pio XVI foram recebidos pelo Papa, que recordou «visão extraórdinária Pacelli» Bento XVI recebeu, este Sábado, os 250 participantes do Congresso sobre a «Herança do Magistério de Pio XII e o Concílio Vaticano II», promovido pela Universidade Pontifícia Lateranense e pela Universidade Pontifícia Gregoriana. Nos últimos anos quando se falou de Pio XII “a atenção concentrou-se, de forma excessivo numa única problemática, que foi tratada de maneira unilateral”, referiu o Papa. “Isso impediu uma análise adequada de uma figura de grande envergadura histórica e teológica, como foi o Papa Pio XII. O seu magistério qualifica-se pela sua vasta e benéfica amplitude, também por sua excepcional qualidade. Exemplos disso são as encíclicas que escreveu, mais de 40, assim como os inúmeros discursos e mensagens”. “Com extraordinária visão, Pio XII advertiu acerca da necessidade de impedir, a todo custo, que os geniais progressos científicos fossem utilizados para a construção de armas mortais, que poderiam provocar catástrofes e até mesmo a total destruição da humanidade.” O Papa destacou ainda “o ensinamento mariológico de Pio XII, que teve o seu auge, na proclamação do dogma da Assunção de Maria Santíssima” Bento XVI afirmou ainda que Pio XII era adverso a improvisações. “Escrevia com o máximo cuidado todos os seus discursos, avaliando cada frase e cada palavra antes de pronunciá-la em público. Todos reconhecem que Pio XII tinha uma inteligência fora do comum, uma memória extraordinária, uma familiaridade singular com as línguas estrangeiras e uma notável sensibilidade”. “Não é de estranhar, portanto, que o seu ensinamento continue hoje a irradiar luz na Igreja”, comentou ainda Bento XVI. “50 anos depois da sua morte, o seu fecundo magistério permanece também hoje um valor inestimável para os cristãos. Com excepção da Bíblia, este é o Papa mais citado nos documentos conciliares”.