Património: Diocese da Guarda mostra 13 fragmentos seculares do «grande órgão» da catedral

Exposição ‘Ecos do Passado – Grande Órgão da Catedral da Guarda’ recorda a memória, mas a Sé espera pelo novo instrumento musical

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Guarda, 28 nov 2024 (Ecclesia) – A comissária da exposição ‘Ecos do Passado – Grande Órgão da Catedral da Guarda’ pretende que esta mostra seja “uma memória” daquele instrumento, mas também “um futuro para se falar do património enquanto veículo de evangelização, do património da música e o serviço da liturgia”.

A exposição pretende ser uma memória daquilo que foi o órgão, mas também pretende que seja o futuro para falarmos do património enquanto veículo de evangelização, do património da música e o serviço da liturgia, portanto, isto é o primeiro passo para outras propostas que venham a acontecer”, disse Joana Pereira à Agência ECCLESIA.

A exposição ‘Ecos do Passado – Grande Órgão da Catedral da Guarda’ mostra “13 fragmentos escultóricos que chegaram até aos nossos dias, todos eles de madeira de castanho, trabalhada, policromada e que faziam parte da grande caixa de aparato, que era o grande órgão da Sé da Guarda”.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

As peças mostram a “sumptuosidade” do “grande” órgão da catedral da Guarda até ao século XIX”, localizado no “primeiro arco junto ao cruzeiro e que tinha 15 metros de altura”.

Apesar de ter sido “parcialmente” destruído nas invasões francesas, as peças deste instrumento “foram sendo, durante 125 anos, sucessivamente, guardadas pela diocese da Guarda e veem, hoje, a luz do dia”, frisou Joana Pereira.

A exposição, que foi inaugurada no dia em que a cidade e a diocese celebraram 825 anos (27 de novembro), é também “o primeiro passo para outras propostas que venham a acontecer”.

Ao nível de propostas para o futuro, a comissária da exposição refere conferências em torno do próprio órgão, “dos bispos que o tornaram possível, como foi o caso do D. Bernardo Melo Osório, quem o mandou construir, mas também de outros que o engrandeceram”.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

A exposição, inaugurada nesta data “tão querida para as guardenses e para a diocese”, serve também para “relembrar o valor da história, do valor da arte colocada ao serviço da igreja e da evangelização” e que seja um “veículo de evangelização e de cultura para os que a visitarem, para os mais novos, para todos aqueles que se sintam atraídos por este património”.

A Sé da Guarda é a única em Portugal que não tem nenhum órgão, mas “nos próximos tempos vai receber um novo órgão”.

Joana Pereira considera que o novo órgão vai “enobrecer a catedral, vai enobrecer as cerimónias religiosas, que é para isso que a música existe, para louvor a Deus e para isso foi construído este órgão há 300 anos atrás e é para isso que está a ser construído um novo instrumento musical, para estar ao serviço do culto, da liturgia, do cerimonial religioso”.

“Nada me poderia deixar mais feliz do que preservarmos a memória do que existiu e termos no futuro uma peça nova, muito digna, muito bonita e que vai satisfazer aqueles que são os desejos de todos os guardenses”, acrescenta.

“Precisamos mesmo de um órgão que dê vida, ainda mais vida, àquelas pedras de granito da Sé”, completa a comissária da exposição que patente na ExpoEcclesia, espaço da Diocese da Guarda.

LFS

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Agência ECCLESIA

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