As áreas da pastoral familiar, vocacional, sócio-caritativa e litúrgica foram uma vez mais destacadas na Assembleia da Diocese do Algarve como aquelas, que no âmbito do Programa Diocesano, devem ser privilegiadas na acção pastoral. Assim, Jorge Russo, responsável da Pastoral Familiar, lembrou que “a Família está em crise”, destacou a importância da criação de equipas paroquiais daquele sector e informou da continuação dos encontros de formação, este ano concretizados com uma conferência de Helena Marujo sobre a temática “Valerá a pena a Família Cristã?”, em data a anunciar e do retiro para famílias (pais e filhos), a realizar-se em Abril/Maio, assim como da dinamização da Semana da Vida igualmente em Maio. No que concerne à Pastoral Vocacional, o padre Pedro Manuel, novo responsável por aquele Secretariado Diocesano, defendeu a criação de uma “cultura de chamamento”, onde todos sejam “mediadores da proposta vocacional”, de forma a fazer do trabalho naquela área algo “habitual e inseparável” em todos os campos da pastoral. O sacerdote propôs também o “incentivo das comunidades para a oração” e adiantou a programação de encontros vocacionais para jovens, designados “Chama por Mim”, para convívio, reflexão, oração e partilha de vida, a realizarem-se a 20 de Dezembro, no Santuário da Mãe Soberana, a 29 de Março no Centro Pastoral e Social de Ferragudo e a 20 de Junho no Complexo Paroquial de Altura. Para os formadores dos jovens informou da realização de Encontros de Formação de Animadores Vocacionais, a realizarem-se vicarialmente, ao longo de quatro dias, sendo para a vigararia de Portimão no dia 31 Janeiro na igreja do Colégio, em Portimão, para a vigararia de Loulé no dia 1 de Fevereiro no Centro Paroquial de Loulé, para a vigararia de Faro no dia 21 de Fevereiro no salão paroquial de São Luís, em Faro e, para a vigararia de Tavira, no dia 22 de Fevereiro no Complexo Pastoral da Altura. Também a oferta de orações e vigílias foi divulgada, com início no dia 14 de Março na Sé de Silves, seguindo no dia 25 de Abril, no início da Semana de Oração pela Vocações, na igreja de São Pedro do Mar, em Quarteira, no dia 2 de Maio em Tavira, e a 23 de Maio na igreja de São Sebastião de Lagos. O Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional disse ainda querer promover “de modo especial” o Dia do Consagrado celebrado a dois de Fevereiro e realizar um Retiro Vocacional em conjunto com o Sector Diocesano da Pastoral Juvenil. Uma campanha vocacional para as catequeses, em conjunto com o Sector Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência e umas Férias Vocacionais e Missionárias foram outras ideias reveladas. “Todas estas actividades não são necessariamente para jovens, rapazes e raparigas, que querem ser padres ou religiosas. São sim, para jovens, rapazes e raparigas que querem ser felizes e responder com toda a sua vida ao apelo à santidade”, concluiu o padre Pedro Manuel. No âmbito da Pastoral Sócio-caritativa, Carlos Oliveira, presidente da Caritas Diocesana do Algarve, pediu que, a nível paroquial, que se constitua onde não exista um núcleo organizado de acção sócio-caritativa, “privilegiando o voluntariado e envolvendo os jovens”. Apelou igualmente à continuidade do levantamento dos grupos de acção sócio-caritativa existentes na diocese iniciado há um ano, explicando que a finalidade do mesmo é “revitalizar” os grupos criados, dando-lhes formação e “incentivar” a criação onde ainda não existam. A formação dos animadores da Pastoral Social em todas vigararias sobre a Doutrina Social da Igreja é outra das iniciativas nesta área, sendo realizada para as vigararias de Faro e Tavira às segundas-feiras a iniciar no dia 2 de Março até dia 23 e para as vigararias de Loulé e Portimão de 20 Abril a 11 de Maio. A nível diocesano, aquele responsável destacou a importância de “apoiar as paróquias no atendimento social”, de “assegurar a formação dos animadores da pastoral sócio-caritativa” e de “dar continuidade às Jornadas de Acção Sócio-caritativa”, este ano sobre a temática “Evangelizar a Pobreza” a realizar no dia 21 de Fevereiro no Centro Pastoral e Social de Ferragudo. A Caritas Diocesana manifestou ainda a disponibilidade para servir de interlocutora com entidades competentes sobre as necessidades locais das paróquias ao nível sócio-caritativo, assim como para a visita às paróquias sempre que solicitada. “Queremos estar onde fazemos falta e não no gabinete”, disse Carlos Oliveira. No que respeita à Pastoral Litúrgica, o padre Carlos de Aquino, responsável por aquele sector informou que irá continuar a atenção à formação dos ministérios ligados à liturgia, de modo especial aos ministros extraordinários da comunhão, e adiantou que as Jornadas Litúrgicas deste ano serão subordinadas ao tema da Palavra de Deus. Burocracia Carlos Oliveira denunciou na Assembleia Diocesana realizada no último sábado em Faro que o PCAAC – Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados assegurado às paróquias através da Segurança Social não está funcionar da melhor forma. Segundo aquele responsável, a maioria das comunidades paroquiais algarvia recebia anualmente, através da Caritas do Algarve cerca de 90 mil quilos de alimentos. “Neste momento, face às exigências impostas pelas Segurança Social em termos técnicos, humanos e informáticos, muitas das comunidades paroquiais desinteressaram-se deste apoio e dos 90 mil quilos estamos reduzidos a 6 mil”, lamentou, clarificando que “a Caritas está com as comunidades paroquiais”. “Era necessário um técnico de acção social, meios informáticos, entre outras exigências, para além da muita papelada burocrática para preencher”, testemunha Carlos Oliveira, garantindo que “a Caritas tem feito chegar às instâncias nacionais as dificuldades das paróquias”. O presidente daquela instituição explicou ainda que o processo recuou agora, sendo feito este ano o trabalho novamente sem o recurso ao sistema informático.