Portugal: Bispos convocam dioceses para se unirem à jornada de oração e jejum pela paz

D. Rui Valério, D. Américo Aguiar e D. Fernando Paiva endereçaram mensagens às comunidades, como resposta ao apelo de Francisco

Ataque aéreo israelita no campo de refugiados de Al Maghazi, na Faixa de Gaza, a 14 de agosto de 2024
Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 04 out 2024 (Ecclesia) – Vários bispos portugueses associaram-se esta quinta-feira ao apelo do Papa Francisco e convocaram as dioceses para o dia de oração e jejum pela paz a 7 de outubro.

“Viver um dia de oração e jejum por esta intenção é importantíssimo, porque nos recorda que a Paz não é apenas ausência de guerra (ainda que isso, nos nossos dias, já fosse muito bom), mas a verdadeira Paz é reconciliação com Deus e com os irmãos e também justas e responsáveis relações com o meio ambiente”, afirmou D. Rui Valério numa carta dirigida ao clero, religiosos e religiosas, e às comunidades cristãs e publicada no sítio online do Patriarcado de Lisboa.

Segundo o patriarca, é “nesta reabilitação de todas as relações que se pode compreender a busca da Paz pela oração e pelo jejum”.

“Paz nos territórios afetados pelos conflitos que nos chegam pelos meios de comunicação: na Terra Santa, na Ucrânia, na República Centro-Africana. Mas também Paz nas nossas cidades, vilas, aldeias e famílias”, realçou.

Na mensagem, o patriarca de Lisboa ressalta que “as guerras que acontecem no mundo ferem o coração da humanidade”.

“Não podemos ser indiferentes aos mortos, aos reféns, às crianças que perderam os pais e a tantas pessoas que de forma direta ou indireta sofrem por causa dos conflitos armados”, apela.

Também o bispo de Setúbal enviou uma mensagem a toda a diocese, alertando que o que se vê no Líbano, em Israel, na Palestina, não pode deixar de fazer todos levantarem-se do sofá e da segurança das próprias vidas para rezar pela paz.

O Papa Francisco vai rezar, no dia 6 de outubro, o terço na Basílica de Santa Maria Maior, com os participantes da Assembleia Sinodal, oriundos dos cinco continentes.

D. Américo Aguiar convidou todos os diocesanos a juntarem-se a essa hora à iniciativa “numa igreja, em casa, em família, nas mais diversas circunstâncias”.

“É urgente que saiamos do nosso conforto, da nossa segurança e sejamos solidários com os irmãos que sofrem a guerra, seja na Terra Santa e na Terra de Jesus, seja na Ucrânia, seja em Mianmar, seja no Sudão, seja em tantos, tantos outros locais do mundo, onde a guerra é o quotidiano da vida dos irmãos e das irmãs”, disse, no vídeo publicado nas redes sociais e na página da Diocese de Setúbal.

Por sua vez, o bispo de Beja, “em comunhão com o Santo Padre e com a Conferência Episcopal portuguesa”, endereçou um convite a “todos os cristãos, famílias, paróquias, comunidades religiosas e outras instituições eclesiais da diocese” para acolherem a convocatória do Papa Francisco, nas duas ocasiões.

“No domingo, dia 6 de outubro, às 16h, organize-se, onde for possível, a celebração do Terço nas famílias, paróquias, comunidades religiosas e outras instituições eclesiais. Se não for possível neste horário, que se reze noutro horário em grupo ou individualmente”, propôs D. Fernando Paiva, numa mensagem enviada à Agência Ecclesia.

Já nas Missas celebradas nos dias 6 e 7 de outubro, o bispo diocesano pediu que se inclua na oração dos fiéis a prece pela paz e se reze, no final da celebração, uma oração mariana pela paz e reconciliação.

O Papa convocou na quarta-feira um dia de oração e jejum pela paz, na homilia da Missa de abertura da segunda sessão da XVI Assembleia Sinodal, na Praça de São Pedro, na sequência do cenário “dramático” que se vive no mundo, com o agravamento de vários conflitos.

O presidente e o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas e D. Virgílio Antunes, respetivamente, que participam na assembleia sinodal, já se uniram-se à iniciativa.

LJ/OC

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