Em pleno 11 de Setembro, Cardeal Martino deixou apelos e anuncia publicação da encíclica social de Bento XVI O terrorismo “é um efeito da pobreza” – disse o Cardeal Renato Martino, Presidente dos Conselho Pontifício Justiça e Paz e do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, aos jornalistas. O Cardeal italiano, antigo representante da Santa Sé na ONU, preside ao encerramento do I Congresso da Pastoral Social, que terminou Quinta-feira,11 de Setembro, em Fátima. E acrescenta: “O terrorismo nasce onde há pobreza”. Actualmente, o mundo tem “800 milhões de pessoas que vão para a cama com o estômago vazio” e “250 milhões de crianças que não estão alfabetizados” – salienta. Por outro lado, o cardeal Renato Martino lamenta também as novas formas de pobreza:” solidão e trabalho precário.” O cardeal Renato Martino anunciou também que o próximo documento da Conselho Pontifício Justiça e Paz terá como tema «A pobreza na era da globalização» e “está concluído”. Este responsável noticiou ainda que Bento XVI está a preparar uma encíclica social. “Será publicada antes do final do ano e serve para comemorar os 40 anos da Encíclica «Populorum Progressio». Desde 1991 que não é publicada “nenhuma encíclica sobre tema social” – frisou. Com o Compêndio sobre a Doutrina Social da Igreja junto dele, o cardeal italiano sublinhou que aquela obra está traduzida em 36 idiomas. A centralidade do compêndio é a pessoa humana. E recorda um episódio: “quando fui a Moscovo apresentar a obra, os ortodoxos do Patriarcado de Moscovo disseram-me que poderíamos fazer algo em conjunto.” A Pastoral Social da Igreja “não precisa de ser inventada” porque “ela já é uma realidade” – afirmou o Cardeal Renato Martino. Onde está a Igreja, “está a Doutrina Social da Igreja” porque “a pastoral social não é secundária na vida da Igreja”. Em relação ao papel da ONG nos diversos países, o cardeal Renato Martino sublinha que é necessário ajudar essas pessoas, mas em “diálogo e concertação”. Depois de visitar muitos desses países que recebem ajuda das ONG, o Cardeal italiano adianta que “é importante fazer destas pessoas protagonistas do seu futuro”. Quando foi questionado sobre se o actual modelo económico não proporcionava a pobreza, o Cardeal Renato Martino afirma “que a Doutrina Social da Social é a receita para os problemas da pobreza”. A Igreja “nunca aprovou um sistema político ou económico, não aprovou o Marxismo nem o Liberalismo”