No mundo presente, a intervenção social da Igreja “só será pertinente” e realizará com “eficácia aquilo que anuncia” se “investir no despertar da dimensão espiritual do Ser Humano” – proferiu Isabel Varanda, professora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) no I Congresso da Pastoral Social. Ao fazer referência aos principais desafios da intervenção social da Igreja, a oradora pede também uma evangelização do “diálogo inter-religioso e inter-cultural” e uma “desmistificação de conceitos”. A promoção da caridade e da educação emocional foram também propostas da professora da UCP esta manhã (dia 11 de Setembro), no Congresso sobre “Intervir na Sociedade, hoje! Memória e projecto”. A Igreja em Portugal “necessita de trabalhar com urgência no lançamento das bases epistemológicas de uma nova Teologia da libertação” – salienta. Uma teologia da libertação “do tempo e dos espaços”. E avança: “uma libertação dos deuses menores a quem o mundo contemporâneo se rendeu” A Nova Evangelização terá de passar, em muitos casos, “por uma pré-evangelização assente num despertar” porque “deixou de saber lidar com o símbolo, com o mistério e com o transcendente” – afirmou. É fundamental uma recuperação “ao mistério e ao transcendente.” O mundo de hoje sofre “de iliteracia emocional (déficit na educação das emoções)” – referiu a conferencista que abordou a temática «Intervenção Social da Igreja: que desafios?». Nota-se uma “perda da dimensão afectiva da relação com Deus e entre os humanos”, mas, paradoxalmente, “proliferam movimentos religiosos que a sociologia chama de nova religiosidade”. E conclui: “a urgência do nosso tempo é afectiva”. Notícias relacionadas • Portugal assiste ao «eclipse de Deus»