Pastoral Juvenil/Portugal: Convívios Fraternos em festa pelo seu 50.º Encontro Nacional

«A grande novidade, aquela que mais me entusiasmou, foi ouvir a Teologia da universidade, dita por jovens, e com uma frescura e uma elegância que me encantou» – Padre José Carlos Teixeira Ribeiro, do Convívio número 1006

 

Lisboa, 13 set 2024 (Ecclesia) – Os Convívios Fraternos, movimento de pastoral juvenil fundado em Portugal, vai realizar o seu 50.º Encontro Nacional, com o tema ‘Maria voltou para sua casa’, este sábado e domingo, no Santuário de Fátima.

“Eu sabia que na minha diocese havia aquele encontro de convívios de três dias, mas depois cheguei a Fátima e percebi que havia um santuário cheio de convivas que tinham experimentado a mesma coisa que eu. Acho que é muito importante para nós percebermos a diversidade que a Igreja é, e conhecer outros jovens que fizeram a mesma experiência”, disse Liliana Nabais, dos Convívios Fraternos da Diocese de Santarém, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

A jovem escalabitana fez o Convívio Fraterno número 1100, “muitos jovens” da sua paróquia já tinham participado, por isso, “tinha muita curiosidade”, e afirma que mudou a sua vida, “abriu muito à Igreja e aos outros jovens”.

“Tem sido uma grande escola para mim. Uma escola de conhecer as pessoas, de me conhecer a mim própria, de conhecer Jesus. Tem sido uma escola de oração e, sobretudo, uma escola de serviço e disponibilidade; tem-me aberto muito na minha vida pessoal e profissional e tem-me trazido muitas graças à minha vida”, desenvolveu Liliana Nabais.

O padre José Carlos Teixeira Ribeiro, assistente nacional do Movimento dos Convívios Fraternos, explicou que este encontro presencial, que é um retiro de três dias, tem como objetivo “levar os jovens a fazer uma experiência de encontro consigo mesmo no primeiro dia, com Deus, no segundo dia, e com os outros”.

“E pretende avivar esta consciência batismal que todos devemos ter, enquanto batizados, enquanto cristãos. E, depois, comprometer na pastoral, na missão apostólica da Igreja”, acrescentou o sacerdote que também é assistente o assistente do movimento na Diocese do Porto.

Nuno Guerreiro, do secretariado diocesano dos Convívios Fraternos de Setúbal, realça que o retiro é uma dinâmica que “permite reconhecer jovens em toda a diocese”, e não ficarem “só” focados na sua paróquia, “mas viver esta fé e a convivência com Cristo através dos olhos de todos os jovens”.

“Eu fiz o Convívio Fraterno quando entrei para o grupo de jovens na minha paróquia. Não sabia ao que é que ia, estava na dúvida, mas aceitei o desafio. E tem sido um crescimento de desenvolvimento pessoal e na minha fé que tem sido única e tem sido muito proveitosa”, desenvolveu o jovem sadino que fez o Convívio Fraterno número “1178, há 12 anos”.

O padre José Carlos Teixeira Ribeiro é o Convívio número 1006, participou quando foi nomeado para ser assistente diocesano no Porto, não foi “encontrar Jesus Cristo, porque já o tinha encontrado”, mas destaca que a grande novidade, “aquela que mais entusiasmou, foi ouvir a teologia da Universidade, dita por jovens, e com uma frescura e uma elegância que encantou”.

O movimento de pastoral juvenil nasceu em Portugal e está implementado em 20 das 21 dioceses católicas, com a “exceção de Angra”, e está também em comunidades lusófonas, “para os filhos dos imigrantes portugueses”: Paris (França), no Luxemburgo e na Suíça, em Angola e Moçambique, e no Brasil.

O primeiro Convívio Fraterno realizou-se de 17 a 19 de maio de 1968, em Castelo Branco, a partir da visão pastoral do padre Valente de Matos, que era capelão militar e pensou na resposta que podia dar aos militares que “também procuravam felicidade, queriam ser felizes”; em 1971 “começaram os Convívios com jovens civis”, e, desde a “década de 90, para casais, também é Pastoral Familiar”.

“A grande inspiração baseou-se no apelo do Papa Paulo VI, os jovens evangelizadores dos outros jovens”, lembrou o padre José Carlos Teixeira Ribeiro.

O 50.º Encontro Nacional, no Santuário de Fátima, inclui momentos de reflexão, tertúlias, oração – saudação a Nossa Senhora, terço, Missa e celebração penitencial -, um ‘Sarau Conviva’.

PR/CB/OC

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