Ásia/Pacífico: Papa encerrou primeira visita à Papua-Nova Guiné, onde deixou apelos à unidade e mensagem de esperança

Francisco recordou beleza do arquipélago, marcado pela diversidade de línguas e culturas

Porto Moresby, 09 set 2024 (Ecclesia) – O Papa encerrou hoje a sua primeira visita à Papua-Nova Guiné, onde chegou na última sexta-feira para deixar apelos à unidade e mensagens de esperança num arquipélago marcado pela diversidade de culturas e a beleza natural.

A segunda etapa desta 45ª viagem internacional e a maior do atual pontificado, que se iniciou na Indonésia, foi acompanhada por milhares de pessoas, ao longo das ruas do país.

Esta foi a terceira viagem de um Papa à Papua-Nova Guiné, onde São João Paulo II esteve em 1984 e 1995, tendo beatificado Pierre To Rot (1912-1945), mártir, morto durante a ocupação japonesa, na II Guerra Mundial.

Num território particularmente ameaçado pelas alterações climáticas e sofre com conflitos internos, Francisco começou por apelar ao fim das divisões e da destruição dos recursos naturais, num discurso perante responsáveis políticos.

Situada no sudoeste do Pacífico e a norte da Austrália, a Papua-Nova Guiné é um dos países com o índice de desenvolvimento humano mais baixo do mundo; os seus diferentes grupos étnicos falam mais de 800 dialetos.

Francisco visitou crianças de rua e pessoas com deficiência, apoiadas por instituições de caridade, na ‘Caritas Technical Secondary School’, fundada pelas Irmãs da Caridade de Jesus, da família Salesiana, antes de se reunir com representantes da comunidade católica da Papua-Nova Guiné.

O país, membro da Commonwealth, tem de 8,2 milhões de habitantes, 30,6% dos quais católicos, segundo dados do Vaticano; a maioria da população é cristã, sobretudo protestantes.

O domingo começou com a Missa no Estádio “Sir John Guise”, perante dezenas de milhares de pessoas, com um alerta de Francisco em favor da defesa do ambiente e do respeito pelas várias culturas.

O dia contou uma nova deslocação de quase mil quilómetros até Vanimo, localidade no norte do país, para um encontro na esplanada da Catedral da Santa Cruz, e ao interior da selva, numa reunião privada com missionários.

O avião que transportou o Papa levou também uma tonelada de ajuda humanitária, incluindo medicamentos, roupas e brinquedos para crianças, de acordo com o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

O último dia na Papua-Nova Guiné foi dedicado a um encontro com cerca de 10 mil jovens, de novo no Estádio Sir John Guise, antes da cerimónia de despedida no aeroporto internacional e a partida para Díli.

A viagem mais longa do atual pontificado, que começou na Indonésia (3-6 de setembro) e na Papua-Nova Guiné (6-9 de setembro), passa ainda por Timor-Leste (9-11 de setembro) e Singapura (11-13 de setembro).

OC

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Agência ECCLESIA

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