O processo formativo dos candidatos ao sacerdócio “está atento aos dinamismos da pessoa” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Jorge Madureira, Secretário da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, no decorrer do encontro de formadores dos Seminários de Portugal, a decorrer no Turcifal (diocese de Lisboa), de 2 a 5 deste mês. Para este sacerdote da diocese do Porto “não se deve falar de crise de vocações” porque “o chamamento pertence a Deus”. É um aspecto que escapa ao homem, mas “Deus não está em crise”. Apesar do número de candidatos ao sacerdócio ser inferior comparativamente a décadas anteriores, “há dioceses que têm dados sinais de aumento do número de candidatos”. As razões para esta inversão da tendência reside, nas palavras do Pe. Jorge Madureira, numa “atenção mais cuidada àquelas pessoas que manifestam sinais de vocação”. Quando há um acompanhamento efectivo “teremos interlocutores para este processo”. Todas as dioceses têm secretariados de pastoral vocacional, mas “alguns ainda estão numa fase de estruturação” e “outros mais avançados”. Os frutos deste trabalho vocacional nascem das “comunidades dinamizadas”. No entanto, o Secretário da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios reconhece que “é um processo misterioso”. Os vários secretariados da pastoral vocacional ajudam-se mutuamente e “têm havido uma articulação muito boa com as comunidades religiosas”. Com realidades pastorais diferenciadas, as dioceses portuguesas tem “directivas para a formação” apesar “de terem adaptações locais”. Este encontro de formadores é subordinado ao tema «Para ser Formador como S. Paulo» e prolongar-se-á até dia 5 de Setembro. “A Missão dos Pais na Formação da Vocação”; “Para um uso ético das New Information Technology (NIT)”; “O Seminário e a Internet”; “A importância Pastoral do Ministério do Formador” e “Como Educar a Consciência” serão os temas a debater nos restantes dias. Notícias relacionadas • Olhar para o futuro das Vocações