Bispo de Uíje defende educação para a tolerância

O bispo da Diocese do Uíje (Angola), D. Emílio Sumbelelo, disse que a teoria da tolerância encontra na família a sua primeira escola, onde a criança deve aprender a aceitar o outro. Segundo o bispo, este primeiro “outro” devem ser os seus pais e os irmãos porque é a família que tem a missão de desenvolver o espírito de aceitação do outro. Em declarações ao Jornal de Angola, D. Emílio Sumbelelo sublinhou que uma criança que nasce numa família educada, hospitaleira e animada, aprende facilmente a ser tolerante, mas se estiver num ambiente familiar diferente, ela será intolerante, porque a tolerância é um valor que tem de ser aprendido. “É preciso que se criem lugares para se transmitir estes valores. Mas no que diz respeito à tolerância, é indispensável criar estruturas ambientais de diálogo, onde seja possível a realização de experiências sobre a diversidade e a convivência das distintas manifestações de valores, para que a diferença não seja vista como objecto de exclusão, mas sim como elemento positivo que enriquece a sociedade”, disse. Para o bispo do Uíje, o espaço do outro deve ser respeitado, porque as diferenças da tolerância são inofensivas. “Cada um é diferente do outro, cada um alcança a verdade segundo as suas capacidades, não se justificando, deste modo, que ao aprender alguma coisa, todos devem perceber da mesma maneira. A tolerância não é permissiva quando dá cobro a práticas que atentam contra a liberdade e a dignidade das pessoas. Uma sociedade tolerante é aquela que promove a liberdade das ideias, dos valores, e das práticas que contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária”, frisou. D. Emílio Sumbelelo sublinhou que “a educação para a tolerância constitui uma exigência para a nova realidade social, por isso, devemos estar atentos aos outros”. Referiu que “o mundo em que vivemos aproxima-nos das culturas e dos modos de vida, obrigando-nos a aprender a viver com os diferentes e com as diferenças”. De acordo com o bispo católico, esta aproximação entre as culturas impõe respeito às diferenças, que concorrem para um enriquecimento colectivo. Com Jornal de Angola

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