Braga: Arquidiocese assinalou 70 anos de ordenação sacerdotal dos padres Domingos Brandão, José Fonseca e Frederico Malvar

Celebração presidida por D. José Cordeiro, no Sameiro

Foto: Diário do Minho

Braga, 20 ago 2024 (Ecclesia) – Os padres Domingos Brandão, José Fonseca e Frederico Malvar da Arquidiocese de Braga assinalaram os seus 70 anos de sacerdócio, numa Missa presidida pelo arcebispo D. José Cordeiro, este domingo, no Santuário do Sameiro.

“O sacerdote não é mais do que os outros cristãos, mas tem uma responsabilidade acrescida, de levar Jesus aos outros, de O dar no Pão na Eucaristia, porque recebeu esse mandato”, disse o arcebispo de Braga, na homilia da celebração, divulgada pela arquidiocese local.

D. José Cordeiro apresentou os três sacerdotes como “modelos referenciais neste caminho da santidade, do caminho da vida da Igreja” e disse que os 70 anos de ordenação presbiteral do padre Domingos Brandão, do padre José Fonseca e do cónego Frederico Malvar devem ser vistos como um “desafio a prosseguir na mesma missão que nunca envelhece, porque o coração não envelhece”.

O arcebispo de Braga convidou também cada um dos três sacerdotes a partilhar o seu testemunho, nesta celebração aniversária dos 70 anos de ordenação presbiteral.

Os sacerdotes foram ordenados em 1954, o padre José Fonseca no dia 11 de julho e, no mês seguinte, os padres Domingos Brandão e Frederico Malvar, a 15 de agosto.

O cónego Frederico Malvar destacou que deve a sua vocação à sua mãe e recordou que a ouviu dizer ‘se um dia tenho um filho sacerdote chego com um dedo ao céu’, o que “foi uma chamada” para o jovem que “andava um bocado a pensar em ser marinheiro, porque gostava da farda”; lembrou também que foi o seu pai que o levou para o seminário, com mais dois irmãos que também foram ordenados, e já faleceram.

O padre José Fonseca também destacou a importância da família na sua vocação, lembrando o seu pai, e os testemunhos de diversas pessoas, do seu pároco à catequista, a sua professora, para além do papel crucial do escutismo, com o seu lema ‘servir’.

“Ser ordenado no centenário da definição do Dogma da Imaculada Conceição também me marcou, sobretudo, a devoção Mariana”, realçou o sacerdote de 93 anos de idade.

Segundo o padre Domingos Brandão, que ajudava à Missa desde pequenino, foi a música que o cativou e ajudou a ir para o Seminário e que, ao longo de toda a formação, o fez ficar até ao fim.

“Nós, realmente, somos Cristo, mas não é só na Missa, é em toda a vida, em toda a nossa ação. Portanto, temos de ser imitadores de Cristo. Eu lamento muitas vezes não o ter sido. Portanto, também serve para a gente pagar as culpas que temos e que o Senhor tenha compaixão de nós”, desenvolveu o sacerdote de 92 anos.

O arcebispo de Braga evocou a proteção de Nossa Senhora do Sameiro e deu “profundas graças a Deus pelo ministério sacerdotal, pelo presbitério da Arquidiocese, pelo serviço sacerdotal em toda a Igreja”.

“Pedimos aqui também o dom das vocações, para que nunca nos falte o Evangelho, nunca nos falte a Eucaristia porque em muitos outros lugares já sentimos essa necessidade, essa diminuição e aqui, entre nós há sinais do mesmo cansaço e diminuição e, ao mesmo tempo tantos sinais de esperança porque ainda este ano tivemos a graça de ordenar quatro padres aqui neste lugar”, acrescentou D. José Cordeiro.

A Arquidiocese de Braga informa, na sua página na internet, que esta Eucaristia celebrativa, presidida pelo arcebispo, foi concelebrada pelos três sacerdotes ordenados há 70 anos, e pelo monsenhor António Ferreira da Costa, capelão do Santuário do Sameiro que regressou este verão à arquidiocese minhota após ter desempenhado missões no Vaticano durante as últimas décadas.

CB/OC

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